Ah! esse homem. Que me toca os seios, Como um beija-flor toca, no jardim, as flores, Arrepiá-me despertando antigos devaneios, De mãos no meu corpo em longos passeios.
Ah! esse homem. Que me cobre de beijos, Que deixa marcas denteadas nos meus braços, Expõe minha anatomia nua sem segredos, Como se fosse um quadro de célebre pintor,
E a mira com olhos de sol coruscante, Incendeia a tela com seu fogo sagrado, Remexe a lava, no fundo, adormecida, Do vulcão dos meus profundos desejos,
Fazendo explodir em mim a mulher plena, A amante ardente de gestos delicados, Que pouco se importa com os espinhos, Para ser a dona dos seus carinhos.
Ah! Esse homem. |