Pareço estar nas nuvens
Passeando por entre estrelas
Sinto-me flutuando
Acho que te estou amando!
E numa frase feliz
No delírio de um bolero
Parece que te ouço dizendo:
Quero-te! OH Quanto te quero!
Ah! os mistérios do amor
As fantasias na espessa cor
Do céu de Dezembro
Há-de deixar-me aqui morrendo?
Morrendo já estão, os últimos raios do dia
Em mim porém, há tanta vida
Que a vida trouxe, trazendo-te
Assim . . . livre e solto ao meu encalço
Devem ter mais doçura os teus carinhos
Como, doce são os amores das aves nos seus ninhos
Vem! que o amor canta no espaço
Une aos meus, os teus beijos, e abraços
Quero amarrar-me a ti
Em gestos floridos, desprender mavioso
Tanto! que o solo todo há-de sentir
Doce gemer, supremo gozo!
Depois qual ave que levanta vôo
Rompendo o peito, e o meu coração vibrando
Há-de levantar a voz nos meus mais belos versos
Porque eu acho que te estou amando.