Por Emerson Santiago |
Tendo na sua origem o nome de Pelotas, na Serra Geral, a 65 km a oeste do Oceano Atlntico, este recebe posteriormente as águas do rio Canoas, passando então a ser denominado rio Uruguai. Este então tem sua foz na Bacia hidrográfica do Prata, ou Mar del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai.
Formado então pelos rios Pelotas e Canoas, o rio Uruguai serve como divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esta é ainda responsável por delimitar a fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai e deságua no Oceano Atlntico após percorrer uma trajetória de 1400 km, fazendo com que este rio seja talvez o mais importante da hidrografia do sul do Brasil.
A bacia do Uruguai é reconhecida pelo grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das maiores relações energia/km² do mundo.
As atuais bacias hidrográficas da Região Sul do Brasil aparentemente começaram a se formar no período denominado Terciário Inferior, com a instalação de condições climáticas de maior umidade. A rede de drenagem dessa região, após sua gênese e evolução, influenciada em parte pelos fatores estruturais e emoldurada pelos aspectos geomorfológicos, apresenta-se distribuída por duas grandes bacias hidrográficas: a do Paraná e a do Uruguai e por múltiplas sub-bacias de pequeno e médio portes.
Convenciona-se classificar os trechos do rio Uruguai em:
- superior: é o trecho da junção entre os rios Pelotas e Canoas até a foz do rio Piratini;
- médio: corresponde ao trecho da foz do rio Piratini até a cidade de Salto, no Uruguai;
- inferior: o trecho final do rio, de Salto até Nueva Palmira, Uruguai, diante da foz do Rio da Prata;
Temos como importantes fontes de contaminação do lençol aquífero da bacia os dejetos resultantes das atividades de suinocultura e avicultura e os agentes agrotóxicos utilizados nas áreas de prática da rizicultura (cultura de arroz).
A navegação nos rios da bacia é viável somente no trecho inferior, partindo da foz do Prata. à medida que se sobe o rio, a navegação torna-se gradualmente inviável. Até a região de Salto temos a navegação de pequenas embarcações; acima desse ponto, torna-se a navegação dificultosa pela presença de rápidos e corredeiras. Um pouco mais acima deste ponto, entre São Borja e Uruguaiana pratica-se a navegação, porém com embarcações de pequeno porte.
Bibliografia:
http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Hidrografia/?pg=3 -
http://pnrh.cnrh-srh.gov.br/
http://www.aneel.gov.br/area.cfm?id_area=111