Por Maíra Althoff De Bettio |
Nota-se, então, de acordo com Brandão (p.36), que mito é coletivo, é a palavra dita e é passado por meio das gerações, explicando o mundo. Além disso, também é ilógico e irracional, justamente porque tenta explicar o mundo e o homem. “... mito é um relato de um acontecimento ocorrido no tempo primordial, mediante a intervenção de entes sobrenaturais.” (Brandão, p.35). Apesar de trabalhar com a fantasia, não se considera o mito como uma ilusão, pois a história tem racionalidade.
O ídolo é considerado como objeto de veneração, de paixão. Um exemplo disso é a história do Super-Homem, que é ídolo porque é venerado, mas possui história mítica por mostrar o lado fraco do ser humano e ao mesmo tempo de conseguir ser bem-sucedido em tudo o que faz. Representa, assim, algumas incapacidades do ser humano, mas sem maiores frustrações, pois para conseguir fazer tudo corretamente, só sendo super-herói mesmo. (Disponível em: http://www.filosofiavirtual.pro.br/mitologia.htm).
A lenda também possui seu conceito confundido com o de mito, mas deve-se observar que esta não tem compromisso com a realidade, sendo apenas histórias sobrenaturais. Como exemplos, têm-se a mula sem cabeça, o saci pererê, o curupira, entre outros. (Disponível em: http://www.filosofiavirtual.pro.br/mitologia.htm). Brandão afirma que: “Lenda é uma narrativa de cunho, as mais das vezes, edificantes, composta para ser lida … ou narrada em público e que tem por alicerce o histórico, embora deformado.” (p. 35) Outro escritor, David Bellingham (p.6), diz que as lendas falam de “pessoas e acontecimentos verdadeiros”, porém às vezes se associa com o mito por conter elementos irreais, como encontro entre deuses e mortais, magias e monstros, entre outros.
Por último a fábula, esta que é conceituada como “uma pequena narrativa de caráter puramente imaginário, que visa a transmitir um ensinamento teórico ou moral.” (Brandão, p. 35). Pode-se diferenciar a fábula e o mito da seguinte forma: “Os heróis das fábulas eram muitas vezes homens e mulheres vulgares, em oposição aos príncipes e princesas dos mitos poéticos. Geralmente, a intenção social das fábulas era mais de ordem moral e monitória e não tanto religiosa e ritualista. Os mitos tendiam a surgir na forma de poesia altamente sofisticada, ao passo que as fábulas eram contadas como narrativas em prosa directas ou em poemas simples.” (Bellingham, p.7).
Fontes:
Mitologia Grega, Junito de Souza Brandão. 2 edição, editora vozes, petrópolis, 1986. 405p.
Introdução à Mitologia Grega, David Belligham, editora estampa, 129 p. 2000 Tradução: Isabelo Teresa Santos.
Titulo original Na introduction to Greek Mythology
http://www.filosofiavirtual.pro.br/mitologia.htm