Aprendiz da vida.
Voei, voei,
do casulo me libertei,
parecia cega
me batendo contra o tempo,
mergulhava no vai e vem da brisa
como se dançasse uma valsa,
e sorria feliz ...
Adolescente e inexperiente
saboreava contente
os prazeres que a vida
me presenteava ...
Não sabia que as tempestades
queimariam minhas asas,
me fariam infeliz
e até chorar ...
E quando parei para pensar,
ali jogada esquecida,
perdida da vida,
sem ao menos poder voar,
me vi jogada ao relento,
já não importava o tempo
se adolescente ou mulher,
só sabia
que era infeliz ...
*** Labirintos da Alma ***
(Cecília Carvalho)