Do tempo das
cartas
Original en español de
Vicente Herrera Márquez -
Traducción al portugués de
Liliane Moreira
Passaram-se muito
meses
Desde o tempo das
cartas
Cresceram e decresceram muitas
luas
Germinou, floresceu e feneceu as
plantas las estações
Murcharam as flores que enfeitavam
o balcão
Morreu a borboleta que voava entre
açucenas e alhelies
Estão dormindo as cordas do
violão
Aquele que apaixonado vibrou na
noite de lua ausente
Secaram-se os sulcos de suor que
percorriam a pele sedenta
Calaram-se em sonho aletargado os
suspiros do desejo.
Ai,
amor! Tanto tempo se passou!
Desde o dia em que juntamos nossos
lábios,
desde o dia em que fundimos nossos
corpos
em
um abraço de amor enlouquecido,
aquela noite de chuva,
trovões, queixas e sussurros
na
pousada escondida nas colinas de Ouro
Preto.
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