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Quando dói o coração...
©
Letícia Thompson
Quando dói o coração, todo o corpo
dói.
Por
que permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a ponto de sairem
carregando um pedaço de nós quando partem? Por que nos damos tanto, nos
entregamos tanto, nos deixamos tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos
sentimentos?
Deveríamos aprender a ficar na margem, olhando de longe a
paisagem calma e nos satisfazer dessa visão, como quem se fascina com uma
miragem. Mas não nos satisfaz olhar. Humanos que somos, precisamos absolutamente
sentir, ao risco de nos afogar... e mergulhamos inteiramente.
E,
vida afora, vamos mergulhando em promessas de amor eterno, felicidade infinita e
mar de rosas. Não nos questionamos sobre probabilidades de perdas e decepções,
pois só de pensar já é doloroso.
Dói... dói... dói e dói!... Mas isso não vai nos impedir
de continuar, não vai nos impedir de viver. Pedaços de nós são ainda partes de
nós e ninguém disse que precisamos chegar à velhice inteiros e sem
marcas.
Isso
é vida!!! Não desistir, manter-se de pé, doendo, mas de pé, cabeça erguida na
direção do desconhecido e peito cheio de esperança que a próxima vez será
diferente.
Grandes artistas obtiveram o melhor das suas obras nos
grandes momentos de aflição e dor. Faça o mesmo: Mostre o que de grande há em
você tirando partido das suas decepções!
Construa-se!!!
Tenha
em mente que não é você que não foi digno daquele amor, mas aquele amor que não
foi digno de você. E se faz parte da vida caminhar entre flores e espinhos, não
se esquive do caminho.
Caminhe!!!
Amanhã talvez seja diferente. E talvez não. Mas entre as
subidas e descidas, você vai ter sobrevivido. E vai ter, sobre tudo,
vivido.
Letícia Thompson
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