SOU QUEM FUI Cleide Canton
Sou o lustro do que foi trabalhado, a resposta ao que foi perguntado, a divisa entre o sim e o não, o sorriso de um tardio perdão.
Sou a fresta do teto em dia de chuva, todo o alfabeto na mão de luva.
Sou o vento que veste um canto, a fé que não endeusa um santo, a lágrima de um olhar risonho, o desejo que não cobra o sonho.
Sou ave enjaulada em ninho de papel, a letra marcada no aro de um anel.
Sou a festa e a fuga do belo, a sombra que ofusca o castelo, a água que tarda a jorrar da fonte que custa a cantar.
Sou peça, sou fundo, sou tinta sem cor, sou tal moribundo num mundo de amor.
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" A poesia da vida
Faz com que se tenha,
Paixão por Viver."
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EU SOU DOADORA E VC?
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