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De: MIKIMBYJODON1 (Mensaje original) |
Enviado: 01/04/2007 00:03 |
Con los biocombustibles como eje central, Bush y Lula se reúnen en Camp David
El encuentro se realiza en la casa de descanso de Bush y es la primera visita de un presidente latinoamericano a ese lugar desde 1991. Tras la reunión en San Pablo, ambos mandatarios intentanCon los biocombustibles como eje central, Bush y Lula se reúnen en Camp David
El encuentro se realiza en la casa de descanso de Bush y es la primera visita de un presidente latinoamericano a ese lugar desde 1991. Tras la reunión en San Pablo, ambos mandatarios intentan sellar nuevos acuerdos comerciales entre los dos países. sellar nuevos acuerdos comerciales entre los dos países. |
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De: matilda |
Enviado: 01/04/2007 04:54 |
Mundo: Bush, Lula e a embriaguez do etanol Altamiro Borges * Adital - . "Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, est찾o virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool. E por qu챗? Porque eles t챗m políticas sérias". Discurso do presidente Lula em Mineiros (GO), 20 de mar챌o de 2007. "N찾o se justifica num país, por maior que seja, ter alguém com dois milh천es de hectares de terra! Isso n찾o tem justificativa em lugar nenhum do mundo! Só no Brasil. Porque temos um presidente covarde, que fica na depend챗ncia de contemplar uma bancada ruralista a troco de alguns votos". Lula em entrevista a revista Caros Amigos, novembro de 2000. A visita do presidente-terrorista George Bush ao Brasil, no início de março, começa a surtir os primeiros efeitos. O objetivo da turnê imperialista, que incluiu outros quatro países da região (Uruguai, Colômbia, México e Guatemala), foi eminentemente político. Como observou o professor Nildo Ouriques, fundador do Observatório Latino-Americano da Universidade Federal de Santa Catarina, visava sabotar o processo em curso de integração regional, fragilizar o Mercosul e isolar os governos mais à esquerda do continente, em especial o de Hugo Chávez. "Os EUA primeiro tentam dividir para reinar, um instrumento clássico da política. Segundo, estão tentando mudar a política de hostilização, mas ainda não encontraram a fórmula". O "império do mal" ainda procurou disfarçar este caráter político, através do "pacote de assistência" aos pobrecitos da região e dos acordos sobre os chamados "biocombustíveis". Mas só enganou os inocentes. No Uruguai, a visita tentou sacar o país do Mercosul em troca de um tratado bilateral de comércio (TLC). Na Colômbia, visou fortalecer o governo de Álvaro Uribe, fragilizado por denúncias sobre a sua ligação com os paramilitares e o narcotráfico. No México, serviu para legitimar o "presidente" Felipe Calderon, empossado após escandalosa fraude eleitoral. Já no Brasil, a negociação sobre o metanol não escondeu as suas artimanhas. "Essa energia tende a reduzir o poder de alguns Estados que nós achamos que têm um peso negativo no mundo, como a Venezuela", revelou Nicholas Burns, subsecretário de Estado dos EUA. Predador travestido de ecologista A alardeada negociação sobre os biocombustíveis, entretanto, teve razões políticas, inclusive como moeda de troca, mas também econômicas. O presidente Bush, o mesmo que rasgou o Protocolo de Kyoto contra a emissão de gases poluentes e governa um país responsável por 25% da poluição no planeta, aterrisou em São Paulo travestido de "ecologista" e defendeu uma "parceria estratégica" com o Brasil na pesquisa e na exploração de fontes alternativas de energia. Ao final do encontro com Lula, foi assinado um Memorando de Entendimento sobre Cooperação na Área de Biocombustíveis, que objetiva estimular o setor privado a investir na área e fixar padrões comuns para expansão deste "mercado verde". O que foi realmente acordado ainda não se tornou público, mas ambos os presidentes esbanjaram alegria ao final das negociações. "O memorando assinado hoje é, sem dúvida, a nossa resposta ao grande desafio energético do século XXI... A parceira que vamos inaugurar é ambiciosa e voltada para todos os aspectos ligados à incorporação definitiva do etanol na matriz energético de nossos países", comemorou Lula em discurso na Transpetro, uma subsidiária da Petrobras em Guarulhos. O presidente ainda dourou a pílula do acordo, ao afirmar que o biodiesel "terá grande impacto social, é voltado para o pequeno agricultor, para a agricultura familiar e ajudará a criar emprego e renda nos lugares mais pobres deste país". Pirotecnia publicitária No mesmo clima festivo, o presidente-torturador George Bush exaltou o memorando: "Aprecio o Brasil e os EUA trabalhando juntos para o bem da humanidade". Mas toda esta anima챌찾o teve uma forte dose de pirotecnia publicitária. Esbanjando arrog창ncia, Bush fez quest찾o de afirmar que n찾o atenderá a principal reivindica챌찾o do governo e dos usineiros brasileiros: a redu챌찾o da tarifa cobrada sobre o álcool exportado ao mercado dos EUA. "Isso n찾o vai acontecer. Ela permanecerá até 2009 e depois disso o Congresso dará um jeito". Atualmente, o império protecionista cobra uma taxa de 54 centavos de dólar por gal찾o sobre o álcool vendido pelo Brasil, além de 2,5% de impostos alfandegários. Só no ano passado, o governo dos EUA embolsou US$ 220 milh천es em sobretaxas sobre o etanol importado do Brasil. Apesar das barreiras, a tend챗ncia é de uma enorme expans찾o do setor nos próximos anos. "Já investimos US$ 12 bilh천es em novas tecnologias que permitir찾o alcan챌ar uma maior independ챗ncia econ척mica e um ambiente de melhor qualidade", informou o governante ianque. Ele deixou explícito que pretende investir no Brasil, inclusive na aquisi챌찾o de nossas usinas, para garantir uma alternativa ao petróleo, que está mais escasso e encontra-se em países hostis. "Espero que possamos fazer estes investimentos juntos", afirmou Bush, olhando de maneira fixa e sedutora para o seu potencial parceiro brasileiro, o presidente Lula. Otimismo por raz천es distintas O governo dos EUA tem muita pressa. Ele inclusive já aprovou um plano de redu챌찾o em 20%, num prazo de dez anos, do consumo de petróleo e pretende elevar de 5 bilh천es de gal천es por ano para 35 bilh천es o consumo de biocombustíveis, como o álcool. "Aprecio o fato de a energia vir da cana-de-a챌úcar, o que dá ao Brasil grande vantagem. Aprecio a inova챌찾o que acontece no Brasil. Voc챗s s찾o os líderes no álcool. Acredito que voc챗s continuar찾o a descobrir novas tecnologias, que ser찾o úteis para outras pessoas", disse Bush, talvez pensando nos milh천es de usuários de automóveis existentes nos EUA. Já o governo Lula de há muito está obcecado pela idéia dos biocombustíveis. Para o presidente, esta fonte alternativa de energia será decisiva para a solução dos nossos problemas econômicos e sociais e poderá tornar o país uma potência energética. "A estreita associação e cooperação entre os dois líderes do etanol possibilitará a democratização do acesso à energia. O uso dos biocombustíveis será uma contribuição inestimável para a geração de renda, a inclusão social e a redução da pobreza", garante o ex-sindicalista, que alterou sua opinião sobre o papel dos "bandidos do agronegócios" - como se nota nas citações acima. Cinco perigos do etanol Este otimismo com a descoberta de novas fontes de energia n찾o se limita aos integrantes do governo Lula e nem aos bar천es do agronegócios. A substitui챌찾o do petróleo por fontes renováveis é uma velha bandeira das entidades ambientalistas. "O fim da queima dos combustíveis fósseis é, por si só, uma boa nova para a humanidade e para a atmosfera da terra: é uma oportunidade para reduzir o aquecimento global... Os biocombustíveis surgem como alternativa n찾o só mais limpa, mas também capaz de promover a justi챌a social", explica um equilibrado e bastante crítico estudo da ONG Núcleo dos Amigos da Terra. Além disto, a possibilidade de o Brasil se tornar uma potência no uso desta nova fonte de energia também abre uma "janela de oportunidades", o termo da moda, para o país se desenvolver e encarar os seus graves e crônicos problemas sociais. O desenvolvimento dos biocombustíveis teria, potencialmente, a capacidade de alavancar o crescimento da economia nacional, gerando empregos e renda. Mas tudo isto é apenas uma possibilidade. É preciso não se embriagar com o etanol, este rico derivado do álcool. Uma visão idílica do assunto pode queimar a língua dos otimistas no futuro. Os riscos desta nova fonte de energia são enormes. Ambi챌천es imperialistas dos EUA Em primeiro lugar, é preciso n찾o esquecer os ambiciosos interesses dos EUA no "ouro verde". A pot챗ncia imperialista n찾o está interessada no desenvolvimento nacional, como atesta sua rejei챌찾o a qualquer queda das barreiras protecionistas. O que almeja é abocanhar este rico produto, seja copiando a nossa tecnologia, comprando as nossas terras e usinas, pagando pre챌os irrisórios pelo nosso álcool ou degradando os nossos recursos naturais - os EUA destruíram suas reservas naturais em apenas quatro séculos, enquanto o Brasil ainda está longe de t챗-las esgotado. A produ챌찾o ianque do etanol com base no milho é menos rentável e n찾o garante a execu챌찾o do seu plano de redu챌찾o do petróleo. Daí sua sanha para abocanhar nosso etanol. Como alerta o professor Bernardo Kucinski, "os governos americanos não são confiáveis para nenhuma parceria porque descumprem sistematicamente as suas promessas depois de obter o que querem. Nos anos 50, levaram nosso urânio e tório com a promessa de compensações específicas em tecnologia nuclear, que nunca vieram; prometeram à Coréia do Norte o petróleo em troca do desmonte de seu programa nuclear, mas o petróleo não foi entregue; até hoje não cumpriram a determinação da OMC de desmontar os seus subsídios agrícolas. Os EUA dependem agora de forma determinante de energia importada... Querem o nosso etanol, mas sem anular as sobretaxas que viabilizam a produção do etanol também nos EUA". Concentra챌찾o da propriedade rual Em segundo lugar, dependendo da forma como os tais "biocombustíveis" forem produzidos, eles servir찾o apenas para refor챌ar a histórica e absurda concentra챌찾o de terras no país. O ciclo da cana no Brasil, desde o século 18, sempre foi marcado pela escravid찾o dos trabalhadores e pelo aumento do poder do latifúndio - que hoje concentra 56% das terras agricultáveis. Diante da expectativa do etanol virar uma commodity, já se observa uma intensa movimenta챌찾o para compra de terras. Investimentos pesados est찾o projetados, indicando que o país poderá ganhar, em média, uma usina de álcool por m챗s nos próximos seis anos. Recursos financeiros n찾o faltar찾o, inclusive do banco estatal BNDES, que anunciou há dias a libera챌찾o de "até R$ 10 bilh천es do montante necessário para a instala챌찾o das novas unidades". O restante do dinheiro deverá vir da iniciativa privada nacional e internacional, além das ag챗ncias multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Japan Bank for International Cooperation. Reportagem da revista patronal Forbes, de fevereiro último, intitulada "álcool atrai novos empreendedores", confirma a perigosa tend챗ncia do aumento da concentra챌찾o de terras no Brasil em decorr챗ncia da "febre do etanol". "Com as exportações brasileiras de álcool em acelerada expansão, tendo alcançado US$ 1,604 bilhão em 2006, 109,6% a mais que em 2005, e com as vendas de carros bicombustíveis correspondendo a 78.19% do total da venda de veículos, o álcool é hoje a estrela mais brilhante dos mercados externo e interno". A revista lembra que o Programa de Aceleração do Crescimento do governo Lula prevê um acréscimo de 50 usinas às 270 já existentes no país. Com inúmeros dados sobre o potencial do setor, a publicação patronal estimula os usineiros a comprar terras e a investir no monocultivo da cana. E não tergiversa: "A abertura do capital pelas empresas sucroalcooleiras pode ser a melhor opção para captar recursos estrangeiros". Desnacionaliza챌찾o do campo brasileiro Neste ponto reside o terceiro risco: o de que a concentração de terra seja agravada pela desnacionalização do campo brasileiro. "Muitos estrangeiros já consideram o Brasil como a Arábia Saudita do álcool, como relatou The Wall Street Journal, e o interesse dos investidores estrangeiros, em geral pela cana-de-açúcar, é gritante. ‘Poucas pessoas conseguem imaginar a revolução silenciosa que a agroenergia está provocando no Brasil e a quantidade de investidores estrangeiros em busca de espaços no mercado brasileiro. Neste início de fevereiro, estamos assistindo a uma verdadeira guerra entre vários grupos para a compra de uma grande usina’, comenta Antonio Cabrera" [ex-ministro de Collor de Mello], relata, exultante, a Forbes. A multinacional estadunidense Bunge, maior empresa de alimentos do mundo, já disputa com a brasileira Cosan o controle da usina Vale do Rosário, em Morro Agudo (SP). A empresa Noble Group, sediada em Hong Kong, anunciou a compra da Usina Pertibru Paulista, em Sebastianópolis do Sul (SP), por US$ 70 milh천es. Outra revista patronal, Exame, relata em texto apologético, intitulado "biodiesel virou negócio", que a ianque ADM, uma das maiores produtoras de gr찾os do planeta, vai operar em junho uma usina em Rondonópolis (MS) e que a francesa Dreyfus anunciou um projeto de produ챌찾o de 150 milh천es de litros de álcool e adquiriu cinco usinas do grupo Tavares de Melo, tornando-se a segunda maior produtora de etanol do país. Até o mega-especulador George Soros já adquiriu uma usina em Monte Alegre (MG). "O que se vê hoje é um número crescente de grandes empresas - algumas das maiores do setor em todo o mundo - entrando no jogo. A capacidade de produção das usinas em funcionamento alcançará até o final deste ano 1,2 trilhão de litros, ultrapassando os 800 milhões necessários para cobrir o consumo previsto", descreve a Exame. Já a Folha de S.Paulo, tão ligada aos interesses alienígenas, reproduz uma preocupante entrevista do assessor internacional da presidente Lula, Marco Aurélio Garcia: "O Brasil tem tecnologia e pouco capital. Os EUA têm muito capital e um enorme interesse estratégico nos biocombustíveis". Esse processo de desnacionalização pode ser ainda mais acentuado pelo feroz apetite das multinacionais que controlam o cultivo dos transgênicos, como a Monsanto, Dupont, Bayer, Basf, Dow e Syngenta. Elas já estão investindo pesado na manipulação genética do milho, cana-de-açúcar e soja, convertendo-os em cultivos não comestíveis, o que inclusive coloca em risco a segurança alimentar dos brasileiros. Segundo Eric Holt-Gimenez, coordenador da ONG Food First, "três grandes empresas (ADM, Cargill e Monsanto) estão forjando seu império, numa aliança que vai amarrar a produção e a venda de etanol". Ele acrescenta que as empresas do agronegócio, aliadas às transnacionais do petróleo e às montadores de automóveis, já formaram uma parceria inédita visando grandes lucros com biocombustíveis. Trabalho precarizado e desumano Um quarto risco, que n찾o deve ser subestimado pelos que mant챗m uma perspectiva de classe, é a brutal explora챌찾o dos trabalhadores. O etanol produzido da cana tem rentabilidade superior ao extraído do milho nos EUA - enquanto o primeiro pode gerar 7.300 litros de álcool por hectare, o segundo n찾o produz mais do que 3 mil litros. Essa produtividade se assenta, principalmente, num trabalho que beira a escravid찾o. A produtividade média do cortador de cana duplicou desde a década de 80 - chegando hoje a 12 toneladas por dia. A Procuradoria do Ministério Público fiscalizou no ano passado as 74 usinas de S찾o Paulo e todas foram atuadas. Nas primeiras fiscaliza챌천es deste ano, o mesmo órg찾o já encontrou várias irregularidades. "A agroindústria é quem mais infringe a legisla챌찾o trabalhista e os acordos coletivos", garante o órg찾o. A pesquisadora Maria Cristina Gonzaga, da Fundacentro, funda챌찾o vinculada ao Ministério do Trabalho, denuncia que "o a챌úcar e o álcool no Brasil est찾o banhados de sangue, suor e morte. Os trabalhadores s찾o massacrados e ficam doentes o tempo todo". S찾o Paulo concentra 59,5% da produ챌찾o brasileira de cana e emprega cerca de 400 mil cortadores. Cada um deve colher pelo menos 10 toneladas por dia. Segundo o boletim do Centro de Refer챗ncia em Saúde do Trabalhador, cada cortador dá aproximadamente 30 golpes de foice por minuto em oito horas de trabalho. "Muitos deles s찾o trabalhadores em regime de escravid찾o disfar챌ada", garante o especialista Pedro Ramos, da Universidade de Campinas (SP). S찾o pessoas mal alimentadas e com poucas horas de sono, o que provoca inúmeras doen챌as e o envelhecimento precoce. Segundo corajoso texto de Maria Cristina Fernandes, editora de política do jornal Valor, "a média de vida útil dos cortadores de cana é de 15 anos. Entre as safras de 2004 e 2006, morreram 10 cortadores apenas na regi찾o canavieira de S찾o Paulo. Enquanto o principal fator de insalubridade, a carga de trabalho, aumenta, o salário cai. Nos anos 80, depois de um ciclo de greves, os trabalhadores conquistaram um piso salarial de 2,5 salários mínimos, o que equivaleria hoje a R$ 875 (ou R$ 950 a partir de 1º de abril). Hoje o piso varia de R$ 380 a R$ 470... Sem enfrentar esses problemas, o sucesso do etanol, para uma grande parcela de brasileiros, se limitará aos arcaísmos de um ciclo de cana-de-a챌úcar no país". Os danos ao meio ambiente Por último, é preciso ainda relativizar o pretenso potencial desta "energia limpa" e alertar para os riscos ambientais dos chamados biocombustíveis - em especial, do etanol. Como alerta a professora Mae-Wan-Ho, da Universidade de Hong Kong, "os biocombustíveis têm sido propagandeados erroneamente como ‘neutros em carbono’, como se não contribuíssem para o efeito estufa na atmosfera. Quando queimados, o dióxido de carbono que as plantas absorvem é devolvido à atmosfera... Ignoram-se, assim, os custos das emissões de CO-2 e dos fertilizantes e pesticidas usados nas colheitas". Um estudo do Gabinete Belga de Assuntos Científicos reforça o temor. "O biodiesel provoca mais problemas de saúde e ambientais porque cria uma poluição pulverizada e libera mais poluentes que promovem a destruição da camada de ozônio". Atualmente, a matriz energética mundial é composta por petróleo (35%), carvão (23%) e gás natural (21%). Os dez países mais ricos do mundo consomem 80% da energia produzida no mundo. Diante da aceleração do aquecimento global, os biocombustíveis surgem como alternativa para a sobrevivência do planeta. Mas, como registram os pesquisadores Edivan Pinto, Marluce Melo e Maria Luisa Mendonça, "o conceito de energia ‘renovável’ deve ser discutido a partir de uma visão mais ampla que considere os seus efeitos negativos". Eles lembram, entre outros perigos, que cada litro de etanol produzido consome cerca de quatro litros de água, o que agrava a escassez deste recurso natural tão estratégico na atualidade. Um sexto risco, de caráter ético, ainda poderia ser acrescentado, como indicou a jornalista Verena Glass, da Agência Carta Maior. "Em um mundo onde, de acordo com as Nações Unidas, 1 bilhão de pessoas sofre de fome crônica e má nutrição e 24 mil morrem diariamente de causas relacionadas a esses problemas - entre estes, 18 mil são crianças - faz-se necessário questionar se as terras do planeta se destinarão preferencialmente a atender os cerca de 800 milhões de proprietários de automóveis, ou à garantia da segurança alimentar mundial. E mais: se o Sul continuará a desempenhar o papel de fornecedor de matéria prima necessária para possibilitar ao Norte manter seu padrão de consumo". * Jornalista, editor da revista Debate Sindical
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De: matilda |
Enviado: 01/04/2007 09:40 |
Bush, Lula y la embriaguez del etanol Altamiro Borges Correio da Cidadania La visita del presidente-terrorista George Bush a Brasil, a principios de marzo, empieza a surtir sus primeros efectos. El objetivo de la turné imperialista, que incluyó a otros cuatro países de la región (Uruguay, Colombia, México y Guatemala), fue eminentemente político. Como ha apuntado el profesor Nildo Ouriques, fundador del Observatorio Latinoamericano de la Universidad Federal de Santa Catarina, estaba dirigido a sabotear el proceso de integración regional en curso, a fragilizar el Mercosur y a aislar a los gobiernos del continente más a la izquierda, en especial el de Hugo Chávez. “Los EE UU intentan primero dividir para reinar, un instrumento clásico de la política. Segundo, están tratando de cambiar la política de hostilidad, pero aún no han encontrado la fórmula”. “Los productores de caña, que hace diez años eran considerados los bandidos del agronegocio en este país, se están convirtiendo en héroes nacionales e internacionales, porque todo el mundo tiene los ojos puestos en el alcohol [1]. ¿Y por qué? Porque tienen políticas serias”. (Discurso del presidente Lula en Mineiros (GO), 20 de marzo de 2007.) “No se justifica en ningún país, por muy grande que sea, que haya alguien ¡con dos millones de hectáreas de tierra! Eso no tiene justificación en ningún lugar del mundo! Sólo en Brasil. Porque tenemos un presidente cobarde, que se limita a contemplar a una bancada ruralista a cambio de algunos votos”. (Lula en entrevista a la revista Caros Amigos, noviembre de 2000.) El “imperio del mal” trató de disfrazar este carácter político, a través del “paquete de asistencia” para los pobres de la región y de los acuerdos sobre los llamados “biocombustibles”. Pero sólo consiguió engañar a los más inocentes. En Uruguay la visita trató de sacar al país del Mercosur a cambio de un tratado bilateral de comercio (TLC). En Colombia, buscó fortalecer el gobierno de Álvaro Uribe, debilitado por las denuncias sobre su relación con los paramilitares y el narcotráfico. En México, sirvió para legitimar al “presidente” Felipe Calderón, investido tras el escandaloso fraude electoral. Ya en Brasil, la negociación sobre el etanol no ocultó sus artimañas. “Esa energía tiende a reducir el poder de algunos Estados que pensamos que tienen un peso negativo en el mundo, como Venezuela”, reveló Nicholas Burns, subsecretario de Estado de los EE UU. Depredador disfrazado de ecologista La alardeada negociación sobre los biocombustibles, entre tanto, tuvo razones políticas, incluso como moneda de cambio, pero también económicas. El presidente Bush, el mismo que fracturó el Protocolo de Kyoto contra la emisión de gases contaminantes y gobierna un país responsable del 25% de la polución del planeta, aterrizó en São Paulo disfrazado de “ecologista” y defendió una “asociación estratégica” con Brasil para la investigación y exploración de fuentes de energía alternativas. Al final del encuentro con Lula se firmó un Memorando de Entendimiento sobre Cooperación en el Área de Biocombustibles, cuyo objetivo es estimular al sector privado a invertir en el área y fijar patrones comunes para la expansión de este “mercado verde”. Lo que se acordó realmente aún no se ha hecho público, pero ambos presidentes derrocharon alegría al final de las negociaciones. “El memorando firmado es, sin duda, nuestra respuesta al gran desafío energético del siglo XXI... La asociación que vamos a inaugurar es ambiciosa y dirigida a todos los aspectos ligados a la incorporación definitiva del etanol en la matriz energética de nuestros países”, celebró Lula en su discurso en Transpetro, una subsidiaria de Petrobras en Guarulhos. El presidente incluso doró la píldora del acuerdo, al afirmar que el biodiesel “tendrá gran impacto social, está pensado para el pequeño agricultor, para la agricultura familiar, y ayudará a crear empleo y renta en los lugares más pobres de este país”. Pirotecnia publicitaria En el mismo tono festivo el presidente-torturador George Bush ensalzó el memorando: “Veo a Brasil y a los EE UU trabajando juntos por el bien de la humanidad”. Toda esta animación contó con una fuerte dosis de pirotecnia publicitaria. Derrochando arrogancia, Bush afirmó que no atenderá a la principal reivindicación del gobierno y de los productores brasileños: la reducción de la tarifa cobrada sobre el alcohol exportado al mercado de los EE UU. “Eso no va a suceder. Ésta permanecerá hasta 2009 y después el Congreso la revisará”. Actualmente, el imperio proteccionista cobra una tasa de 54 centavos de dólar por galón sobre el alcohol vendido por Brasil, además del 2,5% de impuestos aduaneros. Sólo durante el año pasado el gobierno de los EE UU se embolsó 220 millones de dólares en sobretasas sobre el etanol importado de Brasil. A pesar de las barreras, la tendencia se encamina hacia una enorme expansión del sector en los próximos años. “Ya invertimos 12 billones de dólares en nuevas tecnologías que permitirán alcanzar una mayor independencia económica y un medioambiente de mejor calidad”, informó el gobernante yanqui. Dejó claro que pretende invertir en Brasil, incluso en la adquisición de nuestras fábricas, para garantizar una alternativa al petróleo, que es más escaso y se encuentra en países hostiles. “Espero que podamos hacer estas inversiones juntos”, afirmó Bush, mirando fija y seductoramente a su potencial socio brasileño, el presidente Lula. Optimismo por razones distintas El gobierno de los EE UU tiene mucha prisa. Incluso ha aprobado ya un plan de reducción del consumo de petróleo en un 20% en un plazo de diez años y pretende elevar de 5 billones de galones por año a 35 billones el consumo de biocombustibles, como el alcohol. “Aprecio el hecho de que la energía proceda de la caña de azúcar, lo que proporciona a Brasil grandes ventajas. Aprecio la innovación que se da en Brasil. Vosotros sois líderes en el alcohol. Estoy seguro de que continuareis descubriendo nuevas tecnologías, que serán útiles para otras personas”, dijo Bush, quizás pensando en los millones de usuarios de automóviles existentes en los EE UU. Ya hace mucho que el gobierno Lula está obcecado con la idea de los biocombustibles. Para el presidente esta fuente alternativa de energía será decisiva para la solución de nuestros problemas económicos y sociales y podrá convertir al país en una potencia energética. “La estrecha asociación y cooperación entre los dos líderes del etanol posibilitará la democratización del acceso a la energía. El uso de los biocombustibles será una contribución inestimable a la generación de renta, la inclusión social y la reducción de la pobreza”, asegura el ex sindicalista, que ha cambiado su opinión sobre el papel de los “bandidos del agronegocio”, como se constata en las citas de arriba. Cinco peligros del etanol Este optimismo por el descubrimiento de nuevas fuentes de energía no se limita a los integrantes del gobierno Lula ni a los barones del agronegocio. La sustitución del petróleo por fuentes renovables es una vieja bandera de las grupos ambientalistas. “El fin de la quema de los combustibles fósiles es, por sí sólo, una buena noticia para la humanidad y para la atmósfera de la tierra: es una oportunidad para reducir el calentamiento global... Los biocombustibles surgen como alternativa no sólo más limpia, sino también capaz de promover la justicia social”, explica un equilibrado y bastante crítico estudio de la ONG Núcleo dos Amigos da Terra. Más allá de esto, la posibilidad de que Brasil se convierta en una potencia en el uso de esta nueva fuente de energía también abre una “ventana de oportunidades”, el término de moda, para que el país se desarrolle y afronte sus graves y crónicos problemas sociales. El desarrollo de los biocombustibles tendría, potencialmente, la capacidad de impulsar el crecimiento de la economía nacional, generando empleos y renta. Pero todo esto es sólo una posibilidad. Es preciso no embriagarse con el etanol, este rico derivado del alcohol. Una visión idílica del asunto puede quemarle la lengua a los optimistas en el futuro. Los riesgos de esta nueva fuente de energía son enormes. Ambiciones imperialistas de los EE UU En primer lugar, es necesario no olvidar los ambiciosos intereses de los EE UU en el “oro verde”. La potencia imperialista no está interesada en el desarrollo nacional, como demuestra su rechazo a cualquier reducción de las barreras proteccionistas. Lo que ansía es apropiarse de este rico producto, sea copiando nuestra tecnología, comprando nuestras tierras y fábricas, pagando precios irrisorios por nuestro alcohol o degradando nuestros recursos naturales; los EE UU han destruido sus reservas naturales en apenas cuatro siglos, en cuanto a Brasil, aún está lejos de agotarlas. La producción yanqui del etanol con base en el maíz es menos rentable y no garantiza la ejecución de su plan de reducción del petróleo. De ahí su saña para apropiarse nuestro etanol. Como advierte el profesor Bernardo Kucinski, “los gobiernos americanos no son fiables para ningún tipo de asociación porque incumplen sistemáticamente sus promesas tras obtener lo que quieren. En los años 50 se llevaron nuestro uranio y torio con la promesa de compensaciones específicas en tecnología nuclear, que nunca han llegado; prometieron petróleo a Corea del Norte a cambio del desmantelamiento de su programa nuclear, pero el petróleo no se entregó; siguen sin cumplir con la determinación de la OMC de desmontar sus subsidios agrícolas. Los EE UU dependen ahora de forma determinante de la energía importada... Quieren nuestro etanol, pero sin anular las sobretasas que hacen viable la producción del etanol también en los EE UU”. Concentración de la propiedad rural En segundo lugar, dependiendo de la forma en la que dichos “biocombustibles” sean producidos, estos sólo servirán para reforzar la histórica y absurda concentración de tierras en el país. El ciclo de la caña en Brasil, desde el siglo XVIII, ha estado marcado siempre por la esclavitud de los trabajadores y por el aumento del poder del latifundio -que hoy concentra el 56% de las tierras cultivables-. Ante la expectativa de que el etanol se convierta en un recurso estratégico, se observa ya un fuerte movimiento para la compra de tierras. Hay grandes inversiones en proyecto, que indican que el país podrá sumar, de media, una fábrica de alcohol al mes en los próximos seis años. No faltarán recursos financieros, incluso del banco estatal BNDES, que anunció hace días la liberación de “hasta 10 billones de reales del monto necesario para la instalación de las nuevas unidades”. El resto del dinero deberá venir de la iniciativa privada nacional e internacional, además de las agencias multilaterales, como el Banco Interamericano de Desarrollo (BID) y el Japan Bank for International Cooperation. Un reportaje de la revista de negocios Forbes, del pasado febrero, titulado “El alcohol atrae a nuevos emprendedores”, confirma la peligrosa tendencia del aumento de la concentración de tierras en Brasil a consecuencia de la “fiebre del etanol”. “Con las exportaciones brasileñas de alcohol en acelerada expansión, habiendo alcanzado 1.604 billones de dólares en 2006, un 109,6% más que en 2005, y con las ventas de coches biocombustibles correspondiendo al 78,19% del total de la venta de vehículos, el alcohol es hoy la estrella más brillante de los mercados externo e interno”. La revista recuerda que el Programa de Aceleración del Crecimiento del gobierno Lula prevé un añadido de 50 fábricas a las 270 ya existentes en el país. Con innumerables datos sobre el potencial del sector, la publicación estimula a los productores a comprar tierras y a invertir en el monocultivo de la caña. Y no tergiversa: “La apertura del capital por parte de las empresas productoras de alcohol a partir del azúcar puede ser la mejor opción para captar recursos extranjeros”. Desnacionalización del campo brasileño En este punto reside el tercer riesgo: el de que la concentración de tierra se vea agravada por la desnacionalización del campo brasileño. “Muchos extranjeros ya consideran a Brasil como la Arabia Saudita del alcohol, como relató The Wall Street Journal, y el interés de los inversores extranjeros, en general por la caña de azúcar, es clamoroso. ‘Pocas personas consiguen imaginar la revolución silenciosa que la agroenergía está provocando en Brasil y la cantidad de inversores extranjeros a la búsqueda de espacios en el mercado brasileño. Estamos asistiendo en este inicio de febrero a una verdadera guerra entre varios grupos para la compra de una gran industria’, comenta Antonio Cabrera” (ex ministro de Collor de Mello), relata, exultante, la Forbes. La multinacional estadounidense Bunge, principal empresa de alimentos del mundo, ya se disputa con la brasileña Cosan el control de la fábrica Vale do Rosário, en Morro Agudo (SP). La empresa Noble Group, con sede en Hong Kong, anunció la compra de la fábrica Pertibru Paulista, en Sebastianópolis do Sul (SP), por 70 millones de dólares. Otra revista de negocios, Exame, cuenta en un texto apologético titulado “El biodiesel se convirtió en negocio”, que la yanqui ADM, una de las mayores productoras de semillas del planeta, va a abrir en junio una fábrica en Rondonópolis (MS) y que la francesa Dreyfus ha anunciado un proyecto de producción de 150 millones de litros de alcohol y ha adquirido cinco fábricas del grupo Tavares de Melo, convirtiéndose en la segunda mayor productora de etanol del país. Hasta el mega-especulador George Soros ya ha adquirido una fábrica en Monte Alegre (MG). “Lo que se ve hoy es un número creciente de grandes empresas -algunas de las mayores del sector en todo el mundo- entrando en juego. La capacidad de producción de las fábricas en funcionamiento alcanzará hasta el final de este año 1,2 trillones de litros, sobrepasando los 800 millones necesarios para cubrir el consumo previsto”, describe Exame. Ya la Folha de S찾o Paulo, tan ligada a los intereses alienígenas, reproduce una preocupante entrevista del asesor internacional del presidente Lula, Marco Aurélio Garcia: “Brasil tiene tecnología y poco capital. Los EE UU tienen mucho capital y un enorme interés estratégico en los biocombustibles”. Ese proceso de desnacionalización se puede ver aún más acentuado por el feroz apetito de las multinacionales que controlan el cultivo de los transgénicos, como Monsanto, Dupont, Bayer, Basf, Dow y Syngenta. Éstas ya están invirtiendo mucho en la manipulación genética del maíz, la caña de azúcar y la soja, convirtiendo a éstos en cultivos no comestibles, lo que incluso pone en riesgo la seguridad alimentaria de los brasileños. Según Eric Holt-Giménez, coordinador de la ONG Food First, “tres grandes empresas (ADM, Cargill y Monsanto) están forjando un imperio, en una alianza que va a amarrar la producción y la venta de etanol”. A esto se añade que las empresas del agronegocio, aliadas a las transnacionales del petróleo y a las montadoras de automóviles, ya hayan creado una asociación inédita viendo grandes beneficios en los biocombustibles. Trabajo precarizado e inhumano Un cuarto riesgo, que no debe ser subestimado por los que mantienen una perspectiva de clase, es la brutal explotación de los trabajadores. El etanol producido a partir de la caña tiene una rentabilidad superior al extraído del maíz en los EE UU -mientras el primero puede generar 7.300 litros de alcohol por hectárea, el segundo no produce más que 3.000 litros-. Esa productividad se asienta, principalmente, en un trabajo que roza la esclavitud. La productividad media del cortador de caña se ha duplicado desde la década de los 80 -alcanzando hoy las 12 toneladas por día-. La Procuradoría del Ministerio Público fiscalizó el año pasado las 74 fábricas de São Paulo y todas fueron intervenidas. En las primeras fiscalizaciones de este año, el mismo organismo ya encontró varias irregularidades. “La agroindustria es la que más infringe la legislación laboral y los acuerdos colectivos”, asegura el organismo. La investigadora Maria Cristina Gonzaga, de Fundacentro, fundación vinculada al Ministerio de Trabajo, denuncia que “el azúcar y el alcohol en Brasil están bañados de sangre, sudor y muerte. Los trabajadores son masacrados y enferman todo el tiempo”. São Paulo concentra el 59,5% de la producción brasileña de caña y emplea a cerca de 400.000 cortadores. Cada uno debe recoger por lo menos 10 toneladas por día. Según el boletín del Centro de Referencia en Salud del Trabajador, cada cortador da aproximadamente 30 golpes de hoz por minuto en ocho horas de trabajo. “Muchos de ellos son trabajadores en régimen de esclavitud disfrazada”, señala el especialista Pedro Ramos, de la Universidad de Campinas (SP). Son personas mal alimentadas y con pocas horas de sueño, lo que provoca innumerables enfermedades y envejecimiento precoz. Según el valiente texto de Maria Cristina Fernandes, editora de política del periódico Valor, “la media de vida útil de los cortadores de caña es de 15 años. Entre las zafras de 2004 y 2006 murieron 10 cortadores sólo en la región productora de caña de azúcar de São Paulo. Mientras el principal factor de insalubridad, la carga de trabajo, aumenta, el salario cae. En los años 80, tras un periodo de huelgas, los trabajadores conquistaron una base salarial de 2,5 salarios mínimos, lo que equivaldría hoy a 875 reales (o 950 reales a partir del 1 de abril). Hoy varía de 380 reales a 470... Sin afrontar esos problemas, el éxito del etanol, para una gran parte de brasileños, se limitará a los arcaísmos del ciclo de la caña de azúcar en el país”. Los daños al medioambiente Por último, todavía es preciso relativizar el pretendido potencial de esta “energía limpia” y alertar sobre los riesgos ambientales de los llamados biocombustibles, en especial del etanol. Como alerta la profesora Mae-Wan-Ho, de la Universidad de Hong Kong, “los biocombustibles han sido publicitados erróneamente como ‘neutros en carbono’, como si no contribuyesen al efecto invernadero en la atmósfera. Cuando se queman, el dióxido de carbono que las plantas absorben se devuelve a la atmósfera... Se ignoran, así, los costes de las emisiones de CO-2 y de los fertilizantes y pesticidas usados en las cosechas”. Un estudio del Gabinete Belga de Asuntos Científicos refuerza el temor. “El biodiesel provoca más problemas de salud y ambientales porque crea una polución pulverizada y libera más contaminantes que promueven la destrucción de la capa de ozono”. Actualmente, la matriz energética mundial está compuesta por petróleo (35%), carbón (23%) y gas natural (21%). Los diez países más ricos del mundo consumen el 80% de la energía producida en el mundo. Ante la aceleración del calentamiento global, los biocombustibles surgen como alternativa para la supervivencia del planeta. Pero, como sostienen los investigadores Edivan Pinto, Marluce Melo y Maria Luisa Mendonça, “el concepto de energía ‘renovable’ debe ser discutido a partir de una visión más amplia que considere sus efectos negativos”. Recuerdan, entre otros peligros, que cada litro de etanol producido consume cerca de cuatro litros de agua, lo que agrava la escasez de este recurso natural tan estratégico en la actualidad. Podríamos añadir un sexto riesgo, de carácter ético, como indicó la periodista Verena Glass, de la Agencia Carta Maior. “En un mundo donde, de acuerdo a las Naciones Unidas, 1 billlón de personas sufre de hambre crónica y malnutrición y 24 mil mueren diariamente por causas relacionadas con esos problemas - entre estos, 18 mil son niños - se hace necesario cuestionar si las tierras del planeta se destinarán preferentemente a atender a los cerca de 800 millones de propietarios de automóviles, o a garantizar la seguridad alimentaria mundial. Y aún más: si el Sur continuará desempeñando el papel de abastecedor de las materias primas necesarias para permitir al Norte mantener su modelo de consumo”. |
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De: miranrami |
Enviado: 01/04/2007 14:27 |
MIKINBY LA QUE TENGO QUE CELEBRAR, ES: QUE EL CAPITALISMO ESTA PREPARANDO EL CAMINO PARA EL SOCIALISMO. !NOS VEMOS PRONTO EN UN MUNDO SOCIALISTA. |
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De: MIKIMBYJODON1 |
Enviado: 01/04/2007 19:13 |
ALLA tu que no sabes lo que es sociolismo,por mi parte te lo puedes comer solito.. |
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De: miranrami |
Enviado: 01/04/2007 19:13 |
mikinby, mikinby ?que paso carnal yo sé más que vos de socialismo. Lo que vos conoces es una Revolución Socialista y qué para acabar de joder está bloqueada. El socialismo es otra cosa VATO |
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De: Maikohara1 |
Enviado: 04/04/2007 12:00 |
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De: Maceobravo1 |
Enviado: 04/04/2007 12:00 |
Muy bien por el Presidente Lula y nuestro querido Presidente, George Bush, han puesto a correr alos payasos del Circo Chavez, el cagaandante, el inkapaz, el ladron del patrimonio nacional, el geografo Ortega, todavia me falta el calladito pero solo quiere camvbviar la Consitucion. Maceo |
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De: MIKIMBYJODON1 |
Enviado: 05/04/2007 02:10 |
ahhh casi se me olvida petit matilden ahora se nos une el correa,como dije antes seguimos avanzando los americanos siempre usan el metodo a largo plazo,pero parece que el correa quiere volver de nuevo a sus andansas cuando era estudiante de las prestigiosas universidades americanas,no es bobo el muchacho..... |
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De: miranrami |
Enviado: 05/04/2007 04:21 |
Macebo, mariquita, como te gusta "chuparle" los coyoles al Bush. ?Que no te da verguenza, Buey? |
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