Tu que tens coração de criança
e que vives sempre na saudade,
vais vivendo de lembranças…
Por culpa de quem? – da idade.
Tu que já fizeste poesia
na mesa de um bar,
já não vês o raiar do dia,
nem a musa te inspirar.
Ela é uma beleza,
como vives a sonhar…
Eu a vejo na tristeza
num canto a lamentar
Poeta: a vida parece ironia;
eu aqui tomando Brahma,
sentado, fazendo poesia;
e tu? – Eletrocardiograma.
O coração te enganou…