(A mais importante estela com caracteres cónios, quando ainda se encontrava no Museu Rainha Dona Leonor, em Beja in http://portugalsecreto2.no.sapo.pt)
Vai ser inaugurado em Almodôvar um museu que nos é muito caro e que já inserimos na lista de visitas a efectuar logo que possível… Trata-se do “Museu da Escrita do Sudoeste” em Almodôvar que foi instalado no antigo Cine-teatro municipal, no centro desta vila alentejana. A colecção do museu foi reunida por Amílcar Guerra e consiste em várias estelas funerárias com inscrições sudlusitâncias, ou cónias (como preferimos)
A escolha de Almod척var é muito criteriosa, já que este concelho é um dos maiores focos de achados arqueológicos com estas estelas de todo o país, mas vai apresentar apenas 20 estelas das 75 conhecidas, sendo 16 da regi찾o.
Nas declarações à Lusa, o arqueólogo comete contudo algumas incorrecções… Compreensíveis e comuns, nomeadamente quando afirma a propósito da mais importante estela do acervo do Museu (descoberta em São Marcos da Serra): “É uma estela notável, não apenas pelas suas dimensões, mas especialmente pela extensão do seu texto, com cerca de 60 signos identificados, o que permite considerá-la uma das inscrições mais extensas de escrita tartéssica”. Adiante no artigo no Público onde surge esta notícia diz-se - embalados pelas palavras de Amílcar Guerra - “A Escrita do Sudoeste ou Tartéssica, da I Idade do Ferro no Sul de Espanha e Portugal, foi desenvolvida pelos Tartessos, nome pelo qual os gregos conheciam a primeira civilização do Ocidente, que se terá desenvolvido nas zonas das actuais regiões da Andaluzia espanhola e Baixo Alentejo e Algarve.“. O que não é correcto… Existe indícios muito fortes que determinam a origem indígena da escrita cónia, depois exportada para tartessos, não o inverso. E sobretudo não existem indícios arqueológicos ou nas fontes escritas da presença de tartéssicos no Sul do Alentejo ou no Algarve.
Pelo menos num ponto Amílcar Guerra está correcto, quando diz que esta escrita “é distinta das dos povos vizinhos, complexa e permanece indecifrável até à actualidade”… Enfim, mas não durante muito mais tempo, esperamos nós… Como saberão quem vai acompanhando os nossos trabalhos por ESTAS bandas…