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General: SEBASTIÃO ALBA, PARA NÓS, O DINIS GONÇALVES
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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 1 de 5 en el tema 
De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 28/10/2007 20:42
Sebastião Alba (Dinis Albano Carneiro Gonçalves): 11-Março-1940 / 14-Outubro-2000: Nasceu na freguesia da Cividade, Braga. Filho de Albano Moaz dos Santos Gonçalves, professor primário, e Adelaide Sebastiana Peixoto de Oliveira Carneiro, doméstica. Partiu em 1949, com nove anos, para a colónia de Moçambique, passando a viver em Tete com os seus pais e irmãos. No início da década de 50, após passar no exame de admissão ao Liceu Salazar de Lourenço Marques, frequentou o Colégio Camões e também o Instituto Liceal na Beira. Em finais dos anos 50, a família passou a viver em Quelimane. Após ter sido incorporado no Contingente Geral em Boane aos 21 anos, ?desertou no segundo dia. Acabou detido e acusado de extravio de bens militares: cinto e bivaque. Ficou detido por dois anos e meio, sem julgamento e sob tortura, no isolamento. No entanto, ainda se ausentou quatro vezes da Casa de Reclusão. Cumpriu os quinze meses de pena a que foi condenado pelo Tribunal Militar na 23ª Enfermaria do Hospital Miguel Bombarda. Acompanhou sempre o conflito armado entre o Exército Português e a FRELIMO. Tendo manifestado o seu apoio à FRELIMO após a independência, e após frequentar um curso de formação em Inhanbane, foi convidado para assumir o cargo de administrador da província da Zambézia. No entanto, desanimado, acabou por abandonar o cargo passados alguns meses sem sequer pedir demissão.
Acabou por se fixar em Maputo com a família, entrando em contacto com intelectuais e figuras políticas, tais como Marcelino dos Santos, Rui Nogar, Sérgio Vieira, Honwana, etc. Em Outubro de 1974, Sebasti찾o Alba v챗 publicado O Ritmo do Presságio, acompanhado de uma nota de apresenta챌찾o por José Craveirinha, na colec챌찾o O Som e o Sentido da Livraria Académica de Louren챌o Marques. Em 1981 e 1982 s찾o publicados, respectivamente, O Ritmo do Presságio e A Noite Dividida pelas Edi챌천es 70.
A desilus찾o com a situa챌찾o política em Mo챌ambique e a preocupa챌찾o com as filhas fez com que, relutantemente, voltasse a Portugal em 1983. Após um período atribulado por várias desilus천es, (divórcio dos pais, morte da m찾e, morte do pai, divórcio da sua esposa) acaba por voltar a Braga, assando a habitar quartos de aluguer. O problema com o álcool e tabaco agravam-se. Toma vida de andarilho, acabando por viver na rua, por escolha própria.
Em 1996, é publicada pela Editora Assírio e Alvim, através da colabora챌찾o do poeta Herberto Hélder, A Noite Dividida, que tenta recuperar o conjunto da sua obra poética, embora incompleta.
Na manh찾 14 de Outubro de 2000, foi atropelado mortalmente por um condutor que se p척s em fuga, em Braga. A 7 de Outubro, num bilhete quase premonitório ao amigo Vergílio Alberto Vieira escrevia: «Se um dia encontrarem morto "o teu irm찾o Dinis", o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia n찾o entenderá.»
A título póstumo, foi publicada em 2000 a antologia Uma Pedra Ao Lado Da Evid챗ncia, cujas provas ainda foram revista por Sebasti찾o Alba.
Obras de Sebasti찾o Alba:
1 - Poesias, Quelimane, Edi챌찾o do Autor, 1965.
2 - O Ritmo do Presságio, Maputo, Livraria Académica, 1974.
3 - O Ritmo do Presságio, Lisboa, Edi챌천es 70, 1981.
4 - A Noite Dividida, Lisboa, Edi챌천es 70, 1982.
5 - A Noite Dividida (O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano), Lisboa, Assírio e Alvim, 1996.
6 - Uma Pedra Ao Lado Da Evid챗ncia (Antologia: O Ritmo do Presságio / A Noite Dividida / O Limite Diáfano + inédito), Porto, Campo das Letras, 2000.


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Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 2 de 5 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 28/10/2007 20:49
Fa챌o hoje 55 anos. Quem disse que o tesouro dos poetas s찾o "montes depapéis desarrumados / e barras de oiro quando o sol se p천e"?

Eu n찾o aspiro a tanto, mas tenho alguns bens: sapatos novos, cal챌as de ganga, uma camisa de flanela e um relógio de pulso.

Depois de 50 anos de chatice, que tal?

A Poesia foi, para mim, corso: de quando em vez, fazia abordagens.
Claro que trago comigo, como qualquer pirata que se preza, o mapa desse tesouro,onde ninguém o encontrará: na pala do olho direito — com o esquerdo, não sei porquê, vi sempre melhor.

Sebasti찾o Alba, in Albas

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 3 de 5 en el tema 
De: misabelantunes1 Enviado: 28/10/2007 20:59

Ninguém meu amor


Ninguém meu amor

ninguém como nós conhece o sol

Podem utilizá-lo nos espelhos

apagar com ele

os barcos de papel dos nossos lagos

podem obrigá-lo a parar

à entrada das casas mais baixas

podem ainda fazer

com que a noite gravite

hoje do mesmo lado

Mas ninguém meu amor

ninguém como nós conhece o sol

Até que o sol degole

o horizonte em que um a um

nos deitam

vendando-nos os olhos

Sebasti찾o Alba


Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 4 de 5 en el tema 
De: -manuelafonso Enviado: 28/10/2007 21:19
This message has been deleted due to termination of membership.

Respuesta Eliminar Mensaje  Mensaje 5 de 5 en el tema 
De: mariaisabelribeiro1 Enviado: 30/10/2007 14:15
O meu vizinho Dinis...
Como é difícil viver ao lado destes grandes seres de qualquer forma vivem muito para além de nós pobre mortais.
Grande Poeta ele foi, tinha conversas interessantes, mas só por ser ele, o Dinis tudo lhe tinhas que perdoar, pois chegava sempre aos extremos do quase inconcebível...
Quantas lágrimas ele provocou nos que que amava nos que o respeitaram e ele chorou...
Muita vezes me lembro dele, e penso na vida de muitos mais como ele que na vida nada os faz feliz e sua pena escreve sentimentos que n찾o sabem exteriorizar de forma t찾o sublime, como no papel.
E lembro também todos que o souberam até ao fim o acompanhar.
Para ti Dinis, lá onde estás tenhas encontrado o lugar onde te sintas a PAZ, ALEGRIA e AMOR.
Isa


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