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notcias: Empreiteiros nacionais acusam Governo de proteger empresas chinesas
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من: manuelnhungue  (الرسالة الأصلية) مبعوث: 14/11/2007 17:10
Empreiteiros nacionais acusam Governo de proteger empresas chinesas criar PDF versão para impressão enviar por e-mail
06-Nov-2007
A Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME) acusou o Governo de "excessiva protecção às empresas chinesas de construção civil", que supostamente vendem "material de fraca qualidade", fez saber hoje (segunda-feira) a Lusa.

As empresas chinesas de constru챌찾o civil t챗m vindo a ganhar terreno no ramo em Mo챌ambique, envolvendo-se em importantes obras públicas, das quais pontificam a constru챌찾o do Centro de Confer챗ncias "Joaquim Chissano", das sedes da Assembleia da República de Mo챌ambique e do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Mo챌ambique, bem como do projecto de expans찾o da rede de abastecimento de água na capital do país.


O presidente da FME, Agostinho Vuma, citado pelo jornal Correio da Manhã de Maputo, afirmou que a alegada posição privilegiada atribuída pelas autoridades às firmas chinesas poderá ditar o fracasso do empresariado moçambicano da construção civil.

Caso o tratamento desigual entre as construtoras moçambicanas e as chinesas continue, as empreiteiras do país não estarão em condições de competir com as dos outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), quando o mercado regional for liberalizado, a partir de 2008, considerou Vuma.

"Se o proteccionismo governamental a chineses em detrimento de empresários mo챌ambicanos continuar, dificilmente iremos singrar na aguardada concorr챗ncia que come챌a já em Janeiro, com a cria챌찾o da Zona do Comércio Livre da SADC", sublinhou o presidente da FEM.

Agostinho Vuma advogou a opção da compra de material de construção na África do Sul, que é vendido a preços elevados, "mas é de boa qualidade".

As empresas chinesas de constru챌찾o civil t챗m vindo a ganhar terreno no mercado mo챌ambicano, sendo actualmente seleccionadas pelo Governo para quase todas as principais obras a realizar no país.

A presen챌a discreta, mas robusta e generalizada, de empresas chinesas é, de resto, extensível a quase todos os sectores de actividade.

A sua presen챌a n찾o tem sido, no entanto, isenta de polémica, sendo recorrentes os relatos de agress천es físicas, maus-tratos, insultos racistas, cárcere privado e pagamento de salários abaixo do ordenado mínimo nacional a trabalhadores mo챌ambicanos, entre outras viola챌천es da legisla챌찾o laboral do país.

O espancamento de trabalhadores mo챌ambicanos esteve, de resto, na origem do encerramento for챌ado de duas empresas chinesas em 2006, em Quelimane (norte), ordenado pela ministra do Trabalho de Mo챌ambique, Helena Taipo.

Nos principais portos do país t챗m também sido apreendidas com regularidade quantidades significativas de madeira em toros (que, por n찾o ser processada localmente, n찾o traz qualquer benefício para a indústria local ou para a popula챌찾o) abatidos ilegalmente por empresas chinesas.

Há cerca de duas semanas, as autoridades da província de Nampula (norte) anunciaram a apreens찾o de 531 contentores com 11 mil metros cúbicos de madeira avaliados em 3,5 milh천es de euros, que iam ser ilegalmente exportados para a China.

Fonte: Jornal Noticias.


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