Maputo (Canal de Mo챌ambique) - O economista mo챌ambicano Carlos Castel-Branco defende que, na realidade, n찾o há desenvolvimento económico em Mo챌ambique. Castel-Branco considera que o crescimento que tem ocorrido no país deve-se a ajudas externas e a investimentos estrangeiros em capitais de vulto, que criam poucos postos de trabalho e contribuem de forma insignificante para a poupan챌a pública. Citado na última edi챌찾o do semanário brit창nico, «The Economist», Castel-Branco destacou que após duas décadas de economia de mercado, Mo챌ambique continua fortemente dependente da ajuda externa, enquanto que a economia nacional n찾o conseguiu desenvolver nem t찾o pouco diversificar. O economista, que desempenha as fun챌천es de director de um instituto de investiga챌찾o recém inaugurado em Maputo, referiu o caso da MOZAL, uma fundi챌찾o de alumínio instalada em Belaluane, no distrito de Boane e no limite com o Município da Matola, que contribui com quase tr챗s quartos (쩐) das exporta챌천es mo챌ambicanas. Em contrapartida, acrescentou, cerca de dois ter챌os (2/3) dos mo챌ambicanos continuam a viver nas zonas rurais, dependendo da agricultura de pequena escala, entrando e saindo do patamar da pobreza. O semanário britânico defende que os empreendimentos que há em Moçambique dependem de tutelas políticas, e que até agora a crescente riqueza do país tem beneficiado sobremaneira uma pequena elite, fomentando ressentimentos no seio da classe média. O «The Economist» cita um jornalista moçambicano não identificado como tendo dito que “os tentáculos do partido no poder estão presentes em quase todos os sectores da economia.” Relativamente ao maior partido na oposi챌찾o, a Renamo, o semanário diz que os seus apoiantes radicados nas zonas rurais s찾o molestados e alvo de agress천es, e os funcionários públicos pressionados a aderir ao partido no poder. A publica챌찾o brit창nica nota que muito do dinheiro atribuído ao poder local e destinado ao desenvolvimento económico acaba nos bolsos de gente da Frelimo. (Redac챌찾o / The Economist)
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