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notcias: Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo, Na rota dos “padrinhos” europeus
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 07/12/2007 19:27
Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo, Na rota dos “padrinhos” europeus

De “socialistas científicos” a “democratas” africanos

Beira (Canal de Moçambique) - Hoje quase não se fala do assunto e das consequências nefastas que teve para os africanos. Nem se fala do que hoje ainda é consequência desse passado recente cheio de utopias e extremismos. Na altura o que contava era contrariar os outros de qualquer maneira que fosse.
Para quem n찾o teve a oportunidade de viver aqueles momentos até pode parecer mentira. Mas na verdade, em grande medida, todos os desenvolvimentos que se verificaram após as independ챗ncias e mesmo algumas delas foram parcialmente frutos da colabora챌찾o havida entre as for챌as nacionalistas e toda uma série de parceiros internacionais. Pontificavam nesse campo essencialmente governos e partidos de orienta챌찾o socialista da Europa.
As coisas aconteciam ao sabor das estratégias do socialismo científico marxista-leninista cuja capital era Moscovo. A Internacional Comunista representante destes socialistas concebia os conteúdos programáticos, fornecia os conselheiros e assessores, determinava as agendas a seguir e a implementar pelos governantes das nações emergentes na Ásia e África. Com concorrência posterior da República Popular da China, foi moldada uma maneira de estar que deixou marcas por todos os países onde seus preceitos foram implementados.
De Moscovo daqueles tempos herdaram-se ditaduras da mais diversa índole. Dos regimes mais sanguinários conhecidos em Africa, a maioria é heran챌a do socialismo científico. A elimina챌찾o física dos opositores, o estado policial, a chamada vigil창ncia popular, a economia centralizada, o controlo e uso dos meios de comunica챌찾o tudo foi aprendido com Moscovo dos tempos da Guerra-fria ou em Pequim capital de um país com dois sistemas.
Os outros socialistas da Europa Ocidental, os comunistas coexistindo com o capitalismo, também auxiliaram nos esforços pela independência dos africanos. Mesmo os que recusavam a linha estalinista, a sua maneira, os sociais-democratas, também tiveram o seu papel. África era o campo das experiências e uma das frentes operacionais entre o Leste e o Oeste. Fomos como que vítimas e laboratórios para a implementação de regimes socialistas em África. Foi o tempo do mecanicismo socialista em que a ditadura de um punhado de pseudo-iluminados era denominada de popular e do proletariado. O gato era lebre nesses tempos, embora ninguém se atrevesse a afirmá-lo.
Os monstros políticos da actualidade são frutos concretos daquele período negro da história de África. Indefesos e sem meios para confrontar o colonialismo, os combatentes pela libertação de África caíram vítimas dos interesses estratégicos das potências socialistas. Os europeus ocidentais de tendências socialistas aproveitavam África como campo onde era possível ter a influência que não tinham em seus países.
Em nome de uma solidariedade chamada de socialista foram de maneira lenta mas decidida impondo práticas políticas estranhas ao continente e envenenando políticos locais com filosofias falhadas mesmo em seus países.
A consolida챌찾o das ditaduras ditas do proletariado, o funcionamento pleno dos sistemas de controlo estalinista tiveram inegavelmente apoio forte dos sociais-democratas europeus e outros. Num jogo estratégico em que os interesses dos africanos pouco ou nada contavam, todos queriam estar presentes naquilo que fora transformado em teatro operacional pelas pot챗ncias. Mesmo n찾o concordando com os acontecimentos era melhor estar presente do que ausente.
Os fuzilamentos indiscriminados, as deporta챌천es, o controle cerrado das movimenta챌천es dos cidad찾os, tudo isso foi feito com pleno conhecimento dos parceiros ocidentais, europeus, sociais-democratas do centro e da direita, com os socialistas e comunistas observando.
Muitas vezes a impot챗ncia que os conselheiros tinham em seus países transformava-se em for챌a com curso livre em Africa. Embalados por elogios n찾o merecidos era só ver os ditadores africanos transformando-se em mais socialistas que os mentores.
Qualquer orientação vinda dos mentores era seguida e cumprida à risca.
É esse passado de que às vezes nos esquecemos, que ainda está influenciando a maneira como nos relacionamos politicamente em Africa. A intolerância politica é fruto desses tempos. A arrogância e o sentido de que tudo lhes pertence, que estão acima da lei, eram prática comum no tempo dos partidos-únicos.
As práticas da mentira oficial, da fraude, do jogo baixo eram comuns onde havia departamentos de informação e propaganda de partidos “marxistas-leninistas”.
Desvio e uso ilícito de recursos públicos, culto de personalidade são algumas das marcas do socialismo moscovita. Tudo o que o dirigente máximo diz e faz é lei a seguir. Ele não erra, é perfeito, ele é o novo Deus, o Deus na Terra…
Combater esse tipo de mentalidade e vencer, vai requer o seu tempo e bastante trabalho.
As novas gera챌천es devem através de exemplos práticos e visíveis ter oportunidade de ver que posturas diferentes s찾o possíveis, que tolerar e aceitar os outros n찾o constitui nenhum perigo.
Os parceiros ocidentais europeus, socialistas amputados de campo prático para implementa챌찾o de seus ideais eram e s찾o um parceiro fraco.
Todo o peso do seu apoio financeiro n찾o corresponde a uma influ챗ncia política que venha a produzir diferen챌a no comportamento dos africanos.
Muitas ONGs também optaram por seguir aquelas pegadas acabando por causar mais danos que bem. A mania de fazer pelos africanos impede estes de aprenderem e produziu uma dependência perniciosa bem como alterou a balança politica nacional. Não se diz à boca cheia, mas a verdade é que as tendências de voto foram alteradas através do trabalho e fornecimento de ajudas pelas ONGs. Mais do que estas, certos governos devem estar preparados para o reconhecer. Não é por acaso que se observa em alguns países o deslocamento geográfico de certas ONGs. Há determinada orientação política por detrás disso. Beneficiar a população é o nome dado ao jogo como se a população fosse composta de um conjunto de pessoas irracionais, impotentes e incapazes de cuidarem de si próprias.
A ajuda gratuita mete medo pois as contrapartidas s찾o uma completa incógnita.
Da solidariedade socialista ainda hoje nos temos que queixar.
De outros tipos de “solidariedades” que impedem os povos de África escolherem os seus governos também o continente ainda tem muito que se queixar. Os corruptos de África tem padrinhos e era óptimo que se deixassem os países reajustarem-se por si próprios aos novos ventos sem interferirem para manterem ditaduras de conveniência e quase sempre só reconhecidas como tal em curtos períodos de cimeiras ou quejandos.
(Noé Nhantumbo)


2007-12-07 06:21:00


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