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General: SE MUGABE MUDAR UM MILÍMETRO O ULTIMATO DE 1890 ESTÁ VINGADO
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 10/12/2007 12:13
SE MUGABE MUDAR UM MILÍMETRO O ULTIMATO DE 1890 ESTÁ VINGADO

Leonídio Paulo Ferreira
jornalista

Cecil Rhodes foi sepultado nas colinas de Matobo em 1902, depois de o seu corpo viajar de comboio da África do Sul até Bulawayo. Tinha apenas 48 anos, mas a Grã-Bretanha devia-lhe boa parte do seu império africano - que no auge ia do Cairo ao Cabo. Entre os derrotados por Rhodes estava Portugal, que tentou estender o seu domínio aos territórios entre Angola e Moçambique. Mas o projecto do Mapa Cor-de- -Rosa cedeu ao Ultimato Inglês de 1890 e os portugueses pouco mais puderam fazer que gritar de raiva. Henrique Lopes de Mendonça e Alfredo Keil escreveram então o hino de revolta que mais tarde seria o da república. E quando mandavam "contra os bretões marchar, marchar", nenhum estaria mais na mira que Rhodes, o magnata dos diamantes.
Boa parte do território do Mapa Cor-de-Rosa foi baptizado de Rodésia. Homenagem ao homem que um dia escolheria ser enterrado em Matobo. Desde 1980, o sul dessa colónia é um país independente, baptizado de Zimbabwe em alusão a uma antiga civilização de que só restam ruínas. Hoje, esse país é um dos mais criticados pela violação dos direitos humanos. E a vinda a Lisboa do seu Presidente, Robert Mugabe, chegou a pôr em risco a cimeira União Europeia-África. Mas esta, apesar da ausência em protesto do primeiro-ministro britânico, realizou-se mesmo. E ouviram-se duras críticas a Mugabe. Feitas perante os representantes dos 27 países da UE e os 53 estadistas africanos.
Criticado, Mugabe respondeu que "os europeus não compreendem África" e justificou a expropriação de fazendas de zimbabweanos brancos com sendo justiça histórica. Paralelamente, numa lógica de desafio ao antigo colonizador, o seu ministro do Ensino Superior afirmava na revista New African que Portugal compreende melhor que o Reino Unido o Zimbabwe. Porque, acrescenta, "as relações entre Portugal e o Zimbabwe datam de 500 anos, ao contrário do que acontece com as relações entre o Reino Unido e o Zimbabwe, que têm apenas 111 anos". As palavras de I.S.G. Mudenge são, porém, um pouco mais que mera propaganda. Como historiador, o ministro há muito que estuda as relações entre os países, com destaque para o tratado de vassalagem assinado por um soberano do Monomotapa no século XVII. Dessa época ficaram alguns vestígios, sobretudo na língua shona, a da etnia de Mugabe: sapato diz-se " tsapato" e fósforo é "fofo".
Em 1890, os britânicos levaram a melhor sobre Portugal no Zimbabwe. Desta vez, aconteceu o contrário. Os portugueses, que foram pioneiros em África, insistiram na realização da cimeira. Nunca tantos líderes africanos se tinham juntado numa capital europeia. E é significativo que tenha sido em Lisboa. Se algo começar a mudar no Zimbabwe, nem que seja um milímetro, José Sócrates poderá reivindicar vitória sobre Gordon Brown. E se não for a vingança pelo fracasso do Mapa Cor-de-Rosa, estará quase lá.


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