Em Moçambique nos últimos cinco anos - CAFEZAMBEZE

Em Mo챌ambique nos últimos cinco anos

Capitais externos atingiram 6,4 mil milh천es de USD

Os dados s찾o do Banco Central que afirma também que a media anual do fluxo foi de 1,3 mil milh찾o de dólares norte-americanos

Maputo (Canal de MoÃ§ambique) â O país acumulou um fluxo de capitais externos que totalizaram 6,4 mil milhÃµes de dólares norte-americanos nos últimos cinco anos, que segundo o governador do Banco de MoÃ§ambique (BM), representa uma cifra equivalente a uma média anual de 1,3 biliÃ£o de dólares.
Do montante nos cinco anos em refer챗ncia, ainda de acordo com o Dr. Ernesto Gove, o sector privado terá absorvido perto de 2,5 mil milh천es ou seja 40 por cento, dos quais 1,3 mil milh천es foi na forma de empréstimos privados. O remanescente, 47 por cento, diz o BM, foi em investimento directo estrangeiro, onde pontificam os grandes projectos como a fábrica de Fundi챌찾o de Alumínio (Mozal), Gás de Temane, Areias Pesadas de Moma e Chibuto, mas também investimentos realizados nos sectores de Agro-Industria, dos Transportes e Comunica챌천es, que n찾o foram especificados.
Segundo o governador do Banco Central, o sector público continua sendo o maior beneficiário dos fundos externos, sendo por isso que nos últimos cinco anos, absorveu um total acumulado de 3,9 bili천es de dólares.
Estes montantes, de acordo com o que deu a conhecer Ernesto Gove, foram destinados, grosso modo, a sustentar o “forte” investimento público em infra-estruturas básicas e, nos sectores prioritários e com impacto na mitigação das assimetrias no país, que supostamente vem sendo realizado pelo Governo moçambicano. Não foram especificados os valores nem as suas aplicações para se poder confrontar com as afirmações do governador do Banco de Moçambique.
Por outro lado, Ernesto Gove considera que a capacidade financeira interna do Estado mo챌ambicano, tem estado a aumentar gradualmente embora tenha reconhecido também que o volume de recursos externos registou um substancial aumento durante o mesmo período em refer챗ncia.
A mesma fonte, deixou evidente que ainda continua elevado, o grau de dependência externa do sector público, o que segundo as suas palavras “traduz os desequilíbrios estruturais da economia moçambicana, onde as necessidades são superiores aos recursos financeiros gerados pela economia doméstica”.
Em rela챌찾o ao financiamento bancário interno, as estatísticas, de acordo com o governador do Banco Central, indicam que o saldo liquido cresceu nos últimos seis anos, a uma taxa média anual de 33,9 por cento. Ernesto Gove, acrescenta que tal significa que os novos créditos concedidos pelo sistema bancário tem vindo a ultrapassar largamente os reembolsos efectuados pelo sector privado.
A título de exemplo, o governador do BM referiu que nos últimos dois anos a expans찾o do crédito tem sido fortemente determinada pela componente de crédito em moeda nacional, que de uma posi챌찾o minoritária de 46 por cento em 2002, passou a representar 71 por cento do crédito concedido pelo sistema bancário.
“Isto reflecte que as correcções que introduzimos em 2005, nos respectivos normativos, visavam entre outros, minimizar os riscos associados a esta actividade, quer para os clientes, como para as instituições”, afirmou o Dr. Ernesto Gove.
O governador do Banco de Moçambique, apela no entanto para a importância na mobilização da poupança, e defende que deve ser uma condição primária a ser expandida por todo o pais, porque “sem poupanças não há crédito seguro, de qualidade e sustentável”.