Nampula (Canal de Moçambique) - O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse esta semana, na cidade de Nampula, capital da província com o mesmo nome, à margem do momento de abertura do Encontro Regional Norte dos quadros do seu partido, que se o poder em Moçambique estivesse nas mãos da sua formação político-partidária “todas as sedes distritais no país, seriam municípios, como forma de fazer valer os princípios da democracia”. Dhlakama, afirmou também que “como os nossos líderes africanos são anti-democratas, um país vasto como Moçambique tem apenas 33 municípios”. Para o líder da oposição ao Governo liderado por Armando Guebuza coadjuvado por Luísa Diogo, “em Moçambique, por exemplo, a Frelimo tem medo da Democracia”. Numa outra passagem Afonso Dhlakama referiu que “um governo eleito se não trabalha conforme o desejo do povo, o mesmo não voltará a elegê-lo, o que quer dizer que será substituído por um outro que o povo ache melhor”. Mais adiante afirmou que a Renamo está a desenhar estratégias para evitar que nos próximos pleitos eleitorais aconteçam os habituais “roubos de votos por parte da Frelimo”. Lembrou os seus correligionários, entretanto, que “não basta só dizer que a Frelimo rouba votos”. “É preciso definir estratégias para não permitir que ela tenha espaço para efectuar as suas manobras”– fez saber Dhlakama assumindo pela primeira vez a sua quota parte de responsabilidade nas fraudes que tem acusado a Frelimo de praticar nos pleitos até aqui realizados. O líder da Renamo assegurou depois que a sua formação política está envidando esforços no sentido de melhorar a qualidade da percepção do que é governação diante dos seus membros. Dai que “como partido que somos é preciso capacitar os nossos quadros em matéria de liderança”. “Por isso estão aqui os nossos presidentes municipais, vereadores, deputados da Assembleia da República e outros quadros seniores da Renamo” – concluiu Dhlakama. (Aunicio da Silva)
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