Moçambique - Agentes do SISE vigiam funcionários públicos - CAFEZAMBEZE

Para verem como trabalham e pensam sobre o Governo

Agentes do SISE vigiam funcionários públicos

Maputo (Canal de MoÃ§ambique) â Supostos agentes dos ServiÃ§os de InformaÃ§Ã£o e SeguranÃ§a do Estado (SISE), têm estado a ser colocados junto de algumas instituiÃ§Ãµes públicas, onde as autoridades governamentais suspeitam que por causa do elevado índice de descontentamento derivado das precárias condiÃ§Ãµes salariais e de trabalho, haja baixa produtividade e sabotagem às acÃ§Ãµes do Governo. EstÃ£o a ser afectados às repartiÃ§Ãµes, colocando o País no rumo de algo que a qualquer momento pode perigar o estado de coisas no País, alegadamente para vigiarem os respectivos funcionários, verem como trabalham e pensam sobre o actual Executivo moÃ§ambicano liderado por Armando Guebuza e orientado por Luísa Diogo.
Segundo apurou o «Canal de Mo챌ambique» de algumas fontes, as institui챌천es actualmente visadas, onde alegadamente estariam desde os últimos acontecimentos de Fevereiro passado, s찾o os principais hospitais da capital do país, mormente nos servi챌os de urg챗ncias, Bancos de Socorros e Maternidades, bem como também na Casa Militar, esta última institui챌찾o, junto da Presid챗ncia da República. Os tais agentes que s찾o tidos de proveni챗ncia e forma챌찾o «desconhecida» est찾o a apavorar os funcionários dos sectores onde nos últimos tempos aparecem sem apresenta챌찾o.
Funcionários sobretudo enfermeiros afectos aos Hospitais Central de Maputo e Geral de Mavalane, disseram ao «Canal de Mo챌ambique» na condi챌찾o de anonimato, que desde as ultimas crises que se verificaram a partir do dia 5 de Fevereiro passado, um pouco por todos servi챌os hospitalares, t챗m sido vistos "vários novos e desconhecidos funcionários a operarem" muito embora n찾o em actividades de carácter daquele sector, mas sim como meros agentes humanitários que chegam a confundir-se com "pessoal da Cruz Vermelha ou mesmo socorristas", isto porque a sua actua챌찾o tem sido receberem os doentes e levá-los aos enfermeiros ou médicos e assistirem ao seu atendimento. Nada mais do que isso.
"Podemos dizer que eles s찾o meros espectadores naqueles estabelecimentos hospitalares, porque embora n찾o tenham no챌천es algumas sobre o trabalho de medicina, enfermagem e muito menos o trabalho serventuário, a presen챌a deles é constante".
"Às vezes, eles actuam como auxiliares, mas na verdade nós não os conhecemos e nunca nos foram apresentados" disseram algumas enfermeiras ao serviço do Hospital Central de Maputo.
Já uma parteira afecta ao Hospital Geral de Mavalane, disse que "ultimamente temos novos colegas, alguns deles homens que n찾o conhecemos, mas que t챗m vindo a assistir ao nosso trabalho, e que pensamos serem do conhecimento apenas da Direc챌찾o do Hospital".
Por seu turno, um grupo de oficiais da Casa Militar que falou à nossa reportagem também na condição de não ser identificado, disse que "agora muitos oficiais andam descontentes porque foram retirados das suas funções".
"Neste momento n찾o estamos a fazer nada, porque as nossas fun챌천es foram entregues a pessoas que n찾o conhecemos ao certo a sua proveni챗ncia. Sabe-se apenas que tais agentes que tomaram os nossos postos de chefia, s찾o provenientes das For챌as Armadas de Defesa de Mo챌ambique (FADM) e dos Servi챌os de Informa챌찾o e Seguran챌a do Estado (SISE), e est찾o de olhos postos sobre nós", afirmaram.
Dizem terem conhecimento de que é sob a orienta챌찾o do presidente da República, Armando Guebuza, que cumulativamente é comandante-chefe das For챌as de Defesa e Seguran챌a, que estes homens est찾o na Casa Militar, como agentes de intelig챗ncia para os espionarem.
Por seu turno um membro sénior do partido Frelimo, disse também que a espionagem se verifica igualmente ao nível das Organiza챌천es N찾o Governamentais (ONGs) estrangeiras e investidores estrangeiros com interesses a operarem em Mo챌ambique.
"É verdade que em cada investimento, ou projecto estrangeiro no país sempre existe um ou dois membros do SISE ou mesmo do próprio partido Frelimo, razão pela qual também faço parte de um deles" disse-nos a fonte com ar de missão.