Maputo (Canal de Moçambique) – Moçambique que já foi há cerca de três décadas atrás o maior produtor mundial de castanha de caju hoje não possui capacidade de produção de castanha suficiente capaz de satisfazer a procura do mercado internacional, disse ontem ao «Canal de Moçambique», em entrevista exclusiva, Filomena Albano Maíope, directora do Instituto de Fomento do Cajú. "Não dispomos de condições internas para fornecer o mercado estrangeiro com grandes quantidades de castanha de caju processada", disse a acrescentou: "a castanha de caju que processamos internamente é insuficiente para abastecer os países como França, Bélgica, Estados Unidos da América e África de Sul, que constituem os nossos principais mercados”. Por outro lado, Filomena associa a baixa capacidade de processamento da castanha de caju ao facto da actividade, segundo ela, ser uma actividade pouco lucrativa “por não só exigir muita mão-de-obra, mas também por a maior parte do processo produtivo ser manual”. “Esta actividade não é muito lucrativa uma vez que exige muita força humana capaz de operar manualmente no processamento da castanha de caju. Por outro lado, muitos trabalhadores desistem da actividade devido à dureza da actividade, fenómeno que é agravado ainda pelos salários pouco competitivos que o sector consegue pagar”. Aliás, ainda segundo Filomena Maíope “todas as fábricas que processam castanha de caju no país pertencem ao sector privado”, ou seja, “está nas mãos de uma classe que trabalha na lógica de obter lucros nos seus negócio e não vocacionada para subsidiar os custos de produção”. “O instituto apenas limita-se, através dos seus técnicos, a fiscalizar as actividades derivadas do sector”, disse ainda Filomena Maíope. (Concei챌찾o Vitorino)
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