O rapper está a espera de uma segunda ordem, uma vez que teve intima챌찾o tarde
Por Emílio Beula
A procuradoria da cidade de Maputo intimou o rapper mo챌ambicano Azagaia, uma das vozes mais críticas do poder instituído, a apresentar-se naquela inst창ncia no dia 21 de Mar챌o para "responder a perguntas".
Mas, porque, só esta ter챌a-feira, 8 de Abril, o rapper teve acesso a intima챌찾o deixada na sua faculdade a 12 de Mar챌o, n찾o foi possível apresentar-se naquela data.
Azagaia diz desconhecer o conteúdo das perguntas a que fora intimado a responder no processo 139/PRC/08.
Serm precisar a data, Edson da Luz, seu nome de registo, diz que a procuradoria terá feito um pedido formal do seu contacto na Faculdade onde cursa Geologia.
"Ainda n찾o sei. Estou a espera de uma segunda ordem", respondeu, quando questionado sobre o que pensa fazer.
DESCONHECEMOS O CONTEÚDO, LDH
O advogado Custódio Duma, da Liga dos Direitos Humanos(LDH), disse ao SAVANA que a sua institui챌찾o tem conhecimento de que Azagaia foi notificado pela Procuradoria da Cidade. Mas disse desconhecer o conteúdo da notifica챌찾o e o propósito a que a mesma foi produzida.
"Ainda não temos dados, estamos a fazer diligências junto à Procuradoria da Cidade", apontou.
O rapper Azagaia popularizou-se com as suas letras incisivas e criticas ao poder instituído. "As mentiras da verdade", "A Marcha", e "Povo no Poder" foram as mais ovacionadas pelo povo e que mais debates na esfera pública levantou.
Dada a falta de informação sobre os motivos que levaram a instituição guardiã da legalidade do país a intimar o jovem, multiplica-se as especulações na praça. Mas a hipótese mais evidente indica que o conteúdo da música "Povo no Poder" que Azagaia fez a propósito das memoráveis manifestações de 5 de Fevereiro nas cidades de Maputo e Matola está na base da intimação. É que aquando da sua publicação, vozes há que consideram-na como instrumento de incitação à violência.
SAVANA - 11.04.2008
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