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notcias: FLEC: «Cabinda continua em guerra» e estrangeiros são alvo
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 17/04/2008 18:44

FLEC: «Cabinda continua em guerra» e estrangeiros s찾o alvo
Cabinda «continua em guerra» e os estrangeiros a trabalhar no enclave continuar찾o a ser alvo de ataques, como os que recentemente feriram um portugu챗s e mataram um brasileiro, afirma a Frente de Liberta챌찾o do Enclave de Cabinda (FLEC).
Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, o secretário-geral da FLEC, Joel Batila, afirma que os alvos prioritários do movimento continuam a ser as Forças Armadas Angolanas (FAA) e as instituições do Estado, mas também os agentes económicos que contribuem para a «exploração» do território.
«Aqueles que est찾o a explorar petróleo no mar, n찾o olham para a miséria do povo. Agora v찾o [explorar] para terra [em blocos »on-shore«]. Mas os habitantes com consci챗ncia n찾o podem aceitar isso e v찾o atacar», afirma o responsável da FLEC, movimento cuja ala militar reivindicou o ataque de que resultou morto um cidad찾o brasileiro.
«Lan챌amos um apelo aos empresários estrangeiros de que n찾o devem arriscar os capitais nem vidas humanas. N찾o s찾o alvos directos, mas podem ser visados. Quando se está em guerra, todos os que apoiam o nosso inimigo, o opressor, passam a ser também inimigo», afirma.
Depois da morte do brasileiro Helano Silva Araújo (27 anos), em Dezembro de 2007, funcionário da empresa de exploração de petróleo Grant Geofísica, no mês passado foi o português António Carapinho, funcionário da Tecnovia, ferido durante uma emboscada, reivindicada pela ala militar do movimento mas rejeitada pelos representantes políticos do movimento.
O enclave de Cabinda, de onde provém a maior parte da produ챌찾o petrolífera de Angola, é palco desde 1975 de uma luta armada independentista liderada pela FLEC, que alega que o território ainda é um protectorado portugu챗s nos termos do Tratado de Simulambuco, assinado a 01 de Fevereiro de 1885.
Baseado em Fran챌a, juntamente com o líder da FLEC (N'Zita Tiago), Batila está em Portugal até domingo, para uma ronda de contactos que inclui a Amnistia Internacional, o eurodeputado José Ribeiro e Castro, Duarte Pio (Duque de Bragan챌a) e representantes diplomáticos de países da Uni찾o Europeia, nomeadamente a Alemanha. Sem contactos oficiais com o Governo portugu챗s, a FLEC acusa Portugal de tomar partido do Executivo de Luanda na quest찾o cabindense, tal como a generalidade da comunidade internacional, e convida os dois países a encetarem conversa챌천es, considerando inválido o Memorando de Entendimento para a Paz e Reconcilia챌찾o em Cabinda (2006), assinado por António Bento Bembe, que depois foi convidado para ministro sem pasta de Angola

«Chegou o tempo para Governo de Angola e Portugal tomarem consci챗ncia de que, para resolver este problema, temos de estar numa mesa redonda. Se quiserem acabar com o problema n찾o é com homens [armados]. Segundo o MPLA, já todos se renderam, foram todos com Bento Bembe quando ele mudou de campo. Mas nós sabemos que o povo de Cabinda rejeitou esse acordo», afirma Batila.
Além de viola챌천es aos direitos humanos em Cabinda, confirmadas num recente relatório do Conselho de Direitos Humanos das Na챌천es Unidas, a FLEC tem vindo a acusar O Governo angolano de manter tropas no Congo-Kinshasa e Congo-Brazaville, com a coniv챗ncia das autoridades dos países-vizinhos, e, de nos campos de refugiados de cabindenses, fazer deten챌천es de pessoas acusadas de pertencer ao movimento
O memorando de entendimento assinado em 2006 - entre Angola, FLEC Renovada, associa챌찾o «Mpalabanda» e Igreja Católica - oferece a Cabinda um «estatuto especial», firmando a «indivisibilidade de Angola» e concedendo uma amnistia para os crimes cometidos durante conflito armado (iniciado em 1975).
Prev챗 ainda a desmilitariza챌찾o da FLEC sob autoridade do Fórum Cabind챗s para o Diálogo, de Bento Bembe, e a integra챌찾o dos signatários cabindenses no executivo da província, em miss천es diplomáticas ou em empresas públicas angolanas. Bento Bembe é actualmente ministro sem pasta no governo angolano, e tem vindo defender publicamente que o território está pacificado e que N'Zita Tiago está «desfasado da realidade».

Diário Digital / Lusa

17-04-2008 9:54:00


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