Num encontro com jornalistas em Maputo, o encarregado de Negócios dos Estados Unidos em Moçambique, Todd Chapman, advertiu que "a crise política no Zimbabwe pode afectar a decisão de investidores estrangeiros que pensem em investir em Moçambique devido à proximidade geográfica entre os dois países" situação que, frisou, está a alastrar por alguns Estados da região austral de África.
Na última década, o número de empresas norte-americanas que desenvolvem actividades em Mo챌ambique tem vindo a crescer, sendo que a maior parte delas investe nos sectores agrícola e de recursos naturais nas regi천es centro e Norte do país.
Moçambique e Zimbabwe partilham uma das mais extensas linhas fronteiriças da região e, desde o início da crise económica, decorrente da implementação da reforma agrária naquele país, em 2000, milhares de zimbabweanos deslocaram-se para Moçambique, à procura de melhores condições de vida.
Chapman descreveu esse fluxo migratório como mais um foco de press찾o para os recursos naturais e para a economia mo챌ambicana, no geral.
Esta tend챗ncia de entrada de cidad찾os do Zimbabwe em Mo챌ambique pelos postos fronteiri챌os da zona centro do país, nomeadamente em Machipanda, Província de Manica, tem vindo a acentuar-se desde que aquele país vizinho mergulhou num impasse após as elei챌천es de 29 de Mar챌o.
As autoridades mo챌ambicanas estimam que, desde a realiza챌찾o das elei챌천es gerais (presidenciais e legislativas) de 29 de Mar챌o, aproximadamente cinco mil zimbabweanos atravessaram aquele posto fronteiri챌o em direc챌찾o ao território mo챌ambicano.
Na semana passada, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Coopera챌찾o de Mo챌ambique, Eduardo Koloma, admitiu que a deteriora챌찾o da economia do Zimbabwe está a afectar a frágil economia mo챌ambicana, apontando como exemplo o reduzido tráfico portuário e ferroviário de transporte de bens de e para o Zimbabwe através da Beira, centro, e Maputo, no Sul do país.
Fonte: www.rtp.pt