Dinheiro, bons amigos, saúde, uma família harmoniosa. Para ser feliz é preciso tudo isso? Nem sempre. Ou melhor, um item desses já garante a paz de espírito de muita gente. Se a nacionalidade é brasileira, ent찾o, a felicidade pode estar na conta bancária, é o que afirma estudo realizado na Faculdade de Economia, Administra챌찾o e Contabilidade de Ribeir찾o Preto (FEARP / USP).

A economista Sabrina Vieira Lima, autora da pesquisa, usou variáveis demográficas e socioeconômicas, trabalhou com dados de 1991 e 1997 da World Values Survey, pesquisa mundial sobre valores e renda das populações do mundo cujos valores da renda bruta de cada participante foi comparado à posição social e faixas salariais recentes, além de ser consideradas variáveis como desemprego, sexo, idade, religião, estado civil e região no Brasil.

A conclus찾o dessa tese é que brasileiro precisa, mesmo, é de dinheiro para deitar em ber챌o espl챗ndido.

"Essa rela챌찾o tende a ter um peso maior para as pessoas que est찾o próximas da linha de pobreza ou de situa챌천es de n찾o atendimento adequado de suas necessidades básicas de sobreviv챗ncia", pondera a economista. Ou seja, o dinheiro, para o brasileiro, significa a possibilidade de ter suas demandas sociais alcan챌adas. Satisfeitas essas exig챗ncias, torna-se feliz por natureza.

Uma pesquisa do Instituto IP2, de Curitiba, refor챌a a tese. Ao abordar 2,4 mil pessoas de diferentes classes sociais, sendo 526 de classe alta, obteve deles a resposta de que s찾o felizes. S찾o pessoas que vivem com uma renda salarial superior a R$ 6.563,73.

Segundo o professor de marketing da Funda챌찾o Getúlio Vargas/RJ e diretor do Instituto IP2, Marcelo Peruzzo, a pesquisa refor챌a a tese de que quanto mais dinheiro, mais felicidade. "O dinheiro é uma recompensa por um esfor챌o e um trabalho. E a satisfa챌찾o vem quando se consegue mostrar isso aos outros", diz.

Em contraponto, uma pesquisa desenvolvida pelo sociólogo holand챗s Ruut Veenhoven, da Universidade Erasmo De Roterd찾, afirma que a felicidade, levando em conta a quest찾o psicológica dos participantes, n찾o está ligada ao dinheiro como constatado na pesquisa brasileira. A abordagem que ele utilizou envolveu as quest천es socioecon척micas e psicológicas que projetou a expectativa de vida de cada participante. Sua pesquisa apontou os países mais felizes num ranking. Os tr챗s primeiros s찾o: Isl창ndia, Suécia e Suí챌a, países cuja popula챌찾o espera viver mais de 73 anos. O Brasil ficou em 36째lugar com estimativa de vida da popula챌찾o de 43 anos.

Para Ruut Veenhoven, a felicidade está mais no psicológico que no próprio dinheiro, embora a interfer챗ncia financeira seja apontada quando se trata do desejo de evoluir socialmente.

Embora rankings e dados sejam comprovantes de felicidade, as pesquisas s찾o experi챗ncias que, mesmo com alguma conclus찾o, ainda deixa um mistério que sempre ronda este assunto. Mas como já dizia a música: "Essa tal felicidade eu hei de encontrar".

Lembrei de assunto semelhante, postado aqui pela Isabel quando recebi essa pesquisa.

Beijinhos,

Mayra