Maputo (Canal de Mo챌ambique) - Crian챌as das escolas primárias da cidade de Maputo que frequentam a segunda, terceira e quarta classes iniciaram o segundo trimestre sem terem os livros completos. Esta situa챌찾o vem mais uma contrastar com as afirma챌천es do Ministério da Educa챌찾o feitas no início do ano lectivo escolar 2008 que indicavam que haveria livros para todos. Est찾o em falta os livros de ci챗ncias e matemática para os alunos da terceira e quarta classes, e em nalguns casos as crian챌as da segunda classe n찾o possuem o único livro que precisam para a sua aprendizagem situa챌찾o esta que deixa apreensivo pais e professores contactados pela reportagem do «Canal de Mo챌ambique» pois s찾o materiais importantes para o aperfei챌oamento das matérias. Natércia Langa, mãe, disse ao «Canal» que a situação devia voltar aos tempos em que os livros não eram de distribuição gratuita pois era possível encontrá-los à venda no mercado. “ Hoje estes já não a venda por alegadamente serem de distribuição gratuita. O meu filho está na terceira classe e tem a disciplina de ciência pela primeira vez, como assimilar a matéria sem o respectivo livro”? -questiona acrescentando que mesmo que os país queiram ensinar as suas crianças em casa nada podem fazer. Boaventura Chilaule, pai, com filhos a frequentarem a terceira e quarta classe disse que falta para o da quarta classe os livros das disciplinas de ciências e matemática. Também revelou se indignado porque o Estado prometeu que haveria livros para todos. “ Isto não está a acontecer. O meu filho diz que os professores dizem para comprarmos mas não há´livros à venda. Como fazer agora? Apesar de o custo de vida ser elevado se houvesse livros no mercado podíamos comprar para o bem das nossas crianças”, disse acrescentado que este tipo de situações é que contribui para a baixa qualidade do ensino, o que segundo ainda revelou não dignifica em nada o país. Um outro cidadão por nós contactado de nome Jorge Sebastião Matsinhe, também foi de opinião de que se Estado não consegue dar os livros a todas as crianças, devia inverter a situação. “ Temos que voltar ao antigo sistema em que o livro era comercializado”. Situa챌찾o das escolas Nas escolas primárias onde o «Canal de Mo챌ambique» fez a sua ronda para conhecer através dos directores pedagógicos e professores, o impacto que a falta de alguns livros tem no processo de ensino e aprendizagem é negativo. Nas escolas primárias 3 de Fevereiro, na avenida Eduardo Mondhlane, 16 de Junho, na avenida Vladmir Lenine, Unidade 29, bairro Jorge Dimitrov; e 1 de Junho, soubemos que livros foram distribuídos a 50 por cento, facto estes confirmados através da documenta챌찾o da DINAME, Distribuidora Nacional de Material Escolar. Nestas escolas com excep챌찾o da 16 de Junho onde faltam livros para os alunos da segunda classe, há falta dos livros de matemática e ci챗ncia da terceira e quarta classes. Os professores que falaram em anonimato revelaram que assim não é possível planificar as aulas, e que também não é fácil para as crianças aprenderem, pois é preciso fazer certas demonstrações através de exemplos que estão ilustrados nos livros”. Entretanto, na Direc챌찾o Comercial da DINAME soubemos que a distribui챌찾o do livro foi a 50 por cento que veio mais uma vez confirmar que n찾o houve livro para todos estes ano lectivo. Procuramos ouvir alguém da Direc챌찾o da Educa챌찾o da Cidade de Maputo, concretamente do Departamento de Planifica챌찾o para nos dar o seu ponto de vista sobre a origem desta crise, mas n찾o possível colher colher dado algum. (Alexandre Luís)
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