• ÁFRICA DO SUL
Portugueses protegem mo챌ambicanos contra onda de viol챗ncia
Vários portugueses residentes na África do Sul estão a acolher moçambicanos para os proteger dos recentes ataques racistas, que numa semana já provocam 22 mortos. Ouvido pela TSF, o padre Carlos Gabriel não excluiu a hipótese de a comunidade portuguesa também ser atacada.
( 09:54 / 20 de Maio 08 )
Vários portugueses residentes na África do Sul estão a acolher trabalhadores moçambicanos, numa tentativa de os proteger dos recentes ataques racistas, que numa semana já provocam 22 mortos.
Ouvido pela TSF, o padre Carlos Gabriel disse que há portugueses que «t챗m estado a proteger os mo챌ambicanos que trabalham para eles, dando-lhes guarida nas suas próprias casas para os defender dos ataques xenófobos».
«A comunidade portuguesa não está tão exposta a esta violência como as comunidades moçambicana, zimbabueana ou congolesa», porque os portugueses já vivem na África do Sul há muito tempo e moram em «bairros onde existe uma boa protecção», disse, garantindo que até agora a comunidade não tem sido alvo de ataques.
O pároco avan챌ou que «os ataques xenófobos t챗m acontecido sobretudo nos antigos guetos negros e nas zonas mais desfavorecidas da capital económica do país».
«A viol챗ncia tem estado circunscrita a bairros de lata nos arredores de Joanesburgo e no centro da cidade, onde há muitos negócios de portugueses, o que levanta uma certa preocupa챌찾o», acrescentou.
O padre Carlos Gabriel referiu ainda que «centenas de estrangeiros t챗m procurado refúgio nas esquadras da polícia junto dos bairros onde t챗m sido atacados» e n찾o escondeu o receio de que a viol챗ncia possa «extravasar também para a comunidade portuguesa».
Os grupos sul-africanos responsáveis por atacar e matar trabalhadores estrangeiros t챗m actuado munidos de machados e armas de fogo.
O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, já prometeu que a polícia vai acabar com a «anarquia» em Johannesburgo, referindo-se aos ataques xenófobos como «actos escandalosos e criminosos».