Maputo (Canal de Mo챌ambique) - Uma carta pastoral dos bispos católicos de Mo챌ambique, emitida no final de uma Assembleia Extraordinária, recentemente realizada em Maputo, e dirigida aos homens e mulheres de boa vontade deste país, em poder do «Canal de Mo챌ambique», faz uma resenha sobre o actual estado da na챌찾o no 창mbito social, económico e político e dá conta que o estado de na챌찾o deste país n찾o está nada bom contrariamente ao que determinadas figuras procuram defender vinda assim também a corroborar quem insistentemente vinha dizendo o mesmo. Os bispos na sua Assembleia Extraordinária dizem ter feito uma leitura dos sinais dos tempos presentes tendo identificado aquilo que consideram de sinais de preocupa챌찾o que segundo eles merecem denúncias para a sua correc챌찾o. Os bispos dizem ainda na sua Carta Pastoral encorajarem os homens que estão comprometidos com a paz, para a criação e manutenção de condições para que todos os moçambicanos tenham “vida em abundância”. “Apelamos ainda aos diferentes sujeitos sociais, deputados, governantes, sociedade civil, organizações não- governamentais, homens e mulheres de boa vontade para se comprometerem com a erradicação de tudo aquilo que ameaça a vida com a criação de uma cultura amante da vida e da solidariedade e do respeito pelo bem comum, pela legalidade e pelo civismo passos que são, afinal, de paz que há dezasseis anos vem sendo reconhecida internacionalmente como um dos marcos do povo moçambicano", lê se a dado passo na missiva. No que se refere à vida pública do país, os quinze bispos que assinaram a carta apostólica em representação da comunidade católica nacional demonstram-se preocupados com a partidarização do Estado, das instituições públicas, das pessoas e do emprego, pelo partido no poder. “Preocupa-nos igualmente a coacção de cidadãos a pertencer ao partido no Poder. Não é menos preocupante a intolerância pela existência de outros partidos nalgumas zonas do país. Tudo isto constitui uma violação dos Direitos Humanos e lesa a democracia e paz", refere a carta que acrescenta que a existência de diferentes convicções politicas e diversidade de partidos políticos legalmente constituídos deve ser assumida como uma riqueza, desde que os mesmos partidos prossigam ideiais de unidade nacional, de tolerância e de democracia. Os bispos dizem-se ainda preocupados com a manifesta dificuldade de diálogo entre os principais partidos políticos, tendo ainda deplorado aquilo que chamam de virul챗ncia de determinadas interven챌천es públicas na Assembleia da República, em programas dos meios de comunica챌찾o social. "Muitas dessas intervenções ecoam até às zonas mais recônditas junto de cidadãos nem sempre bem formados. Não poucas vezes dão azo a atitudes e acções de violência, excitando assim situações de ódio e de intolerância". Pobreza: realidade forte e dolorosa Os bispos expressam ainda na sua carta apostólica que apesar do que identificam de negativo existem sinais de esperança expressos por realizações e atitudes que pacificamente promovem a vida como consequência de opções positivas tomadas pelos responsáveis da decisão e da gestão da coisa pública visando o combate à pobreza que graça a maioria dos moçambicanos. "Como consequência dessa opção politica encontramos o melhoramento de algumas vias de comunicação, por via de manutenção e reabilitação de estradas e pontes; a multiplicação das infra-estruturas sociais com enfoque para a ampliação da rede escolar e expansão do ensino superior a todas as províncias dizendo-se o mesmo em relação às redes de telefones assim como a expansão da rede de energia eléctrica", expressaram-se assim os bispos na sua missiva louvando a decisão de se fazer do distrito o pólo do desenvolvimento na medida em que é no distrito que vive a maior parte "do nosso povo que padece da pobreza e ser lá onde se encontra o grosso das riquezas naturais". Os bispos est찾o ainda preocupados com a expans찾o alarmante da pandemia do HIV/SIDA. Referem que diariamente, continua a dizimar sem distin챌찾o de idades, vidas humanas em Mo챌ambique. "O tráfico de menores é mais uma realidade que obscurece o horizonte do nosso país. Chamamos à atenção para o crescente número de crianças abandonadas por um dos progenitores ou por ambos, deixando as crianças com os avós ou simplesmente na rua e fazendo delas órfãs de pais vivos". Entretanto, ao terminar a sua missiva, os bispos católicos dizem a quem de direito que n찾o é suficiente travar a luta contra a probreza material. Alegam ser imperioso empreender sobretudo um corajoso combate contra a pobreza moral e espiritual, o qual implica a mudan챌a da maneira de pensar e agir. (Alexandre Luís) |