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notcias: Camaradismo entre líderes da região sacrifica população
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De: misabelantunes1  (Mensaje original) Enviado: 17/06/2008 13:33
Crise política zimbabweana
Camaradismo entre líderes da regi찾o sacrifica popula챌찾o
- considera Afonso Dlhakama, presidente da Renamo
“Os líderes acham que criticar Mugabe é criticar um camarada. Isso não é correcto” “Estão deixando que Mugabe, embora herói, tenha virado marginal e faça sofrer aquele povo, só porque conquistou a independência aos britânicos”

Nampula (Canal de Moçambique) - O presidente do partido Renamo, Afonso Dlhakama, falando ao «Canal de Moçambique» em Nampula considerou que a posição tomada pelos líderes dos países da região Austral de África perante a actual situação política que se vive no vizinho Zimbabwe, é resultado do “excesso de camaradismo” que reina no seio dos “camaradas”. “Os líderes acham que criticar Mugabe é criticar um camarada. Isso não é correcto”.
Afonso Dlhakama acusa os líderes dos países vizinhos do Zimbabwe de se pautarem pelo “amiguismo”. “Esquecem-se por completo da situação por que milhares de zimbabweanos estão a passar”.
“Eles (os líderes da SADC) não pensam no povo”, diz Dhlakama.
“Estão deixando que Mugabe, embora herói, tenha virado marginal e faça sofrer aquele povo, só porque conquistou a independência aos britânicos” – acusa Dhlakama.
O líder da oposição em Moçambique refere, entretanto, que “é preciso que os líderes tomem uma decisão séria e ajudem o povo a sair da situação em que se encontra".
Dhlakama questiona ainda a imparcialidade dos estadistas africanos. “Perante tudo isto, as detenções de Tsavanguirai, como se de boneco se tratasse, nada fazem, nada dizem”.
É daí que o líder da Renamo, parte para acusar que “Mugabe faz parte de um clube de amigos que não se criticam, porque pensam ser errado criticar um camarada”. “Mugabe é da geração antiga, lutou pela independência, como a Frelimo, o MPLA, e companhia”.
Instado a pronunciar-se do que acha que será a segunda volta das eleições no Zimbabwe, Afonso Dlhakama diz que não havia necessidade de se recorrer a esta segunda volta, “porque Tsavanguirai foi o vencedor esmagador na primeira volta, mas como querem roubá-lo é dai que se vai a uma outra fase”.
E é na esteira destes argumentos que Afonso Dlhakama culpa os presidentes dos países da região Austral de África. “Quando foram anunciados os resultados da primeira volta e o marginal do Mugabe pensou na segunda por ter perdido, nada fizeram para evitar o desastre presente” – acusa Dhlakama.
O presidente da Renamo afiançou entretanto que “o Zimbabwe nunca teve eleições justas, porque Mugabe só sabe usar a força para intimidar os outros”. Maniesfestou contudo a sua convicção que “desta vez o povo está com Tsavanguirai, porque está cansado de sofrer”.

(Aunicio da Silva)

2008-06-17 07:25:00


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