Maputo (Canal de Moçambique) - O embaixador sueco acreditado em Moçambique, Tavold Akesson, reconheceu na última quarta-feira que “houve de facto problemas de má gestão de fundos na área da Agricultura e da Educação em Moçambique”. Mas “o que mais o governo sueco”, segundo o diplomata daquele reino nórdico, “é a privatização dos Bancos moçambicanos”. Da já muito referenciada má gestão dos fundos suecos na Educação e na Agricultura, Tavold Akesson disse simplesmente: “os cidadãos suecos têm que pagar impostos e ter a certeza que o seu dinheiro há-de ser bem usado na Ajuda para o Desenvolvimento dos países beneficiários”. O embaixador Tavold Akesson fez questão de lembrar que “Moçambique é o país que mais recebe ajuda da Suécia”. Segundo ele, “o pacote monetário que a Suécia dá a Moçambique só pode ter comparação o que o nosso país dá a Tanzânia”. Serve de refer챗ncia dizer que antes de estar acreditado como Embaixador em Mo챌ambique, o referido diplomata ocupou similar cargo na Tanz창nia. Sobre a quest찾o da privatiza챌찾o dos Bancos de quem, sem dúvidas beneficiaram membros da nomenklatura do partido Frelimo e n찾o ter찾o até aqui todos eles liquidado os respectivos créditos concedidos pelos bancos que entretanto foram privatizados ou a que o Estado teve de afectar avultadas verbas para evitar a insolv챗ncia que pudesse prejudicar os depositantes, é preciso lembrar que a Suécia, a par de outros países, sobretudo nórdicos , tem estado na linha da frente a solicitar a divulga챌찾o da Auditoria Forense ao ex-Banco Austral, entretanto adquirido pelo ABSA e presentemente sob a designa챌찾o de «Barcklays». As declarações do Embaixador sueco acreditado em Moçambique foram proferidas na palestra, conjuntamente organizada pelo «CEMO - Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais» e «Centro de Pesquisas Sociais do ISCTEM», e sob a proposta: “As Prioridades e Desafios da Política Externa e Desenvolvimento da Suécia para África Austral – O caso de Moçambique”. Os casos referenciados ocorreram durante a vig챗ncia do governo de Luísa Diogo no tempo em que o presidente da República era Joaquim Chissano. (Celso Manguana)
|