Joanesburgo (Canal de Moçambique) - O director da Organização das Nacoes Unidas para Alimentação (FAO), Jacques Diouf disse na conferencia regional sobre a África que se realiza na cidade de Joanesburgo, serem necessárias medidas urgentes para se lidar com a situação da insegurança alimentar que passa sobretudo pela melhoria da producao no continente.
Diouf sintetizou que a inseguranca alimentar em Africa tem sido exacerbada pela subida vertiginosa dos precos, mudan챌as climáticas, a grande demanda por produtos alimentícios nas economias emergentes, a incrementa챌찾o dos bio-combustíveis, o rapido crescimento da popula챌찾o e a urbaniza챌찾o.
As ag챗ncias das Na챌천es Unidas alertaram que países como a Somália, afectado por uma guerra civil, e a Etiopia atingida pela seca, est찾o a sofrer os efeitos da subida de pre챌os dos alimentos com milh천es de pessoas confrontadas com a fome.
Enquanto isso, o Presidente Keniano Mwai Kibaki, repetiu as mesmas preocupa챌천es de Diouf apelando aos delegados nos dois dias de encontro ao nivel ministerial para encontrarem solu챌천es para a presente crise.
Kibaki disse ser preciso arranjar-se uma solu챌찾o rápida para as pessoas pobres que carregam nos seus ombros o pesadíssimo fardo da actual subida de pre챌os dos alimentos.
Tambem clamou pelo investimento dos paises africanos no aproveitamento total das bacias hidrográficas africanas que segundo ele continuam mal aproveitadas, para fins agrícolas e n찾o só, para a producao de peixe de água doce.
O Ministro da Agricultura do Kenia William Ruto disse que o Kenia tenciona mobilizar os governos africanos para porem fim ao que ele considera de barreiras injustas de comércio que estão a exacerbar a crise alimentar em África.
Ruto disse também que o Kenia deveria usar o próximo encontro dos G8 a realizar se no Jap찾o para pressionar o Ocidente a desmantelar as barreiras comerciais, e como tal, também apelou
aos doadores e governo africanos para investirem mais na agricultura.
Um coletivo representando as organizações das mulheres e agricultores em Africa também apelou à maior abertura para os mercados agrícolas.
O Sul Africano Tryphos Radebe, membro da associa챌찾o dos sem terra do Kwa Zulu Natal disse no encontro que a Organiza챌찾o Mundial do Comercio deve ser retirada do programa agrícola, permitindo-se apenas que vele por outras areas.
Enfatizou que a emancipa챌찾o do povo assenta nas suas terras e n찾o em qualquer outra área, e como tal afirma que n찾o se lhes deve negar esse direito.
A alian챌a também instou aos governos Africanos para desembolsarem 10 por cento do seu or챌amento para o desenvolvimento da agricultura.

(Estacios Valoi, em Joanesburgo)