"Capulana
Ora vamos lá a mais uma li챌찾ozinha!
De norte a sul de Moçambique não há mulher que não use a "capulana". As mulheres usam-na para se vestir, para limpar e embrulhar as crianças, para as amarrar às costas (coitadas, há cada uma), usam-na como toalha e como cortina, ou na mudança de casa e em viagem, como embrulho da trouxa.
As mulheres urbanas, que em geral se vestem à maneira ocidental, usam-na invariavelmente como traje de trazer por casa ou em certas cerimónias familiares.
Na África oriental onde se fala suaíli, diz-se que este modo de vestir surgiu em meados do século XIX, quando as mulheres começaram a comprar lenços (em suaíli diz-se leso) de tecido de algodão estampado e colorido, trazido pelos mercadores portugueses do Oriente para Mombaça (ah portugas!!!). Em vez de comprar um a um, mandavam cortar seis quadrados de uma vez, dividiam este pano ao meio e coziam o lado mais comprido fazendo uma "capulana" de 3x2 lenços (espertas hã?).
Depois era só envolver o corpo, amarrar com mais ou menos estilo e a moda impunha-se à medida que cada vez mais mulheres faziam o mesmo.
Claro que os comerciantes não tardaram em encomendar aos fabricantes,na Índia ou noutros lugares da Ásia, não apenas “lenços” mas panos com a largura e o comprimento que as mulheres pretendiam.
O estampado das "capulanas" era inspirado no sari indiano e no sarong indonésio, com os motivos maiores no centro e uma barra a toda a volta. Nos nossos dias os motivos s찾o cada vez mais ao gosto africano, procurando os diligentes comerciantes asiáticos ir ao encontro dos gostos e prefer챗ncias das suas clientes.