Que saudades me deu falar dos Correios!
Menina ainda mo챌a foi lá o meu segundo e último emprego. Ali fiz escala com muitos amigos de todas as ra챌as, de todos os credos.
Ali aprendi muita coisa, escutei segredos gravissimos não só de estado, como de particulares. O sigilo era o "escudo obrigatório", a telefonista de serviço aceitava o pedido de comunicação, passava a chamada e nada mais contava, e se por algumas vezes façanhas se escutava eram varridas logo do nosso pensamento.
Participei de muitos dramas, de muitos truques, de algumas aldrabices, mas n찾o competia ao funcionário abrir a boca, e se algum tinha a maluqueira de dar com a língua nos destes, logo lhe era levantado um processo disciplinar; as normas era cumprir horários, e guardar sigilo de tudo até acabar nosso turno.
Ali arranjei grandes amigos, e muitos pasteis de nata!!!
Apenas boa vontade, e um, truque para dar avan챌o a certas chamadas prioritárias, que sem dar nas vistas, os dedinhos passavam sorrateiramente o pedido 20, para o 2... Apenas isso, boa vontade, esperteza, e nunca ninguém saia magoado da batalha que a telefonista de servi챌o tinha de travar para dar despacho a montes de pedidos telefónicos, nessa altura para o Continente e Ultramar.
É que nos varios pedidos de chamadas, havia aquelas simplesmente amorosas que podiam bem esperar, e havia as outras que por falta de boa vontade da telefonista podia causar grandes danos á empresa, ás firmas.
N찾o podia deixar em branco este dia, o Dia Mundial dos Correios, e deixar aqui também um louvor aos carteiros que subiam, desciam, á chuva e ao sol tórrido, para fazer a entrega dentro do prazo uma carta, um telegrama anunciando um nascimento, e também uma morte!
Também ele o carteiro guardava montes de segredos na sacola de pano que carregava debaixo do bra챌o, sempre com um sorriso, uma palavra de conforto também!
S찾o Percheiro