Amarfanhei o sonho de toda uma vida
limpei a barra do vestido sujo de lama...
Sujei as mãos com que limpei o rosto
do desgosto feito pó...
Esse pó lamacento do caminho
sem carinho só, serrei os dentes
me despi de raiva um nojo atróz...
Asco do mundo a que pertenço
e que não conheço, uma estranha
assim vaguei perdida
sem nunca me encontrar
restos, apenas restos de uma vida!
São Percheiro