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General: ARMANDO GUEBUZA, POETA
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De: isaantunes  (message original) Envoyé: 15/06/2009 11:24

 

 


 

Fonte: http://blogvisao.wordpress.com/

ARMANDO GUEBUZA

Armando Emílio Guebuza (Murrupula, Nampula, 20 de Janeiro de 1943) é um político moçambicano, atual presidente de seu país. Seus poemas apareceram primeiro no Boletim da Frelimo, juntamente com outros prestigiosos poetas guerrilheiros.

Junta-se à FRELIMO em 1963, na então Lourenço Marques e abandona Moçambique em 1964 para estudar numa escola especial na Ucrânia, base de Perevalny. No Governo de Transição (1974-1975), Guebuza ocupa a pasta da Administração Interna, e no primeiro Governo do Moçambique independente a pasta de Ministro do Interior. Ocupou então vários importantes postos governamentais e em 1992 é nomeado chefe da delegação do governo na Comissão de Supervisão e Implementação do Acordo Geral de Paz para Moçambique.

Em 2002 é eleito secretário-geral da FRELIMO, cargo que o torna candidato do partido às eleições presidenciais de 2004, que vence. Em 2 de Fevereiro de 2005 Armando Guebuza torna-se o terceiro Presidente da República de Moçambique.

 TEXTOS EM PORTUGUÊS  /   TEXTOS EN ESPAÑOL

                               AS TUAS DORES

 

                   As tuas dores

                   mais as minhas dores

                   vão estrangular a opressão

 

                   Os teus olhos

                   mais os meus olhos

                   vão falando da revolta

 

                   A tua cicatriz

                   mais a minha cicatriz

                   vão lembrando o chicote

 

                   As minha mãos

                   mais as tuas mãos

                   vão pegando em armas

 

                   A minha força

                   mais a tua força

                   vão vencer o imperialismo

 

                   O meu sangue

                   mais o teu sangue

                   vão regar a Vitória.

 

 

                  SE ME PERGUNTARES

Se me perguntares

Quem sou eu

Cavada de bexiga de maldade

Com um sorriso sinistro

Nada te direi

Nada te direi

Mostrarte-ei as cicatrizes de séculos

Que sulcam as minhas costas negras

Olhar-te-ei com olhos de ódio

Vermelhos de sangue vertido durante séculos

Mostrar-te-ei minha palhota de capim

A cair sem reparação

Levar-te-ei às plantações

Onde sol a sol

Me encontro dobrado sobre o solo

Enquanto trabalho árduo

Mastiga meu tempo

Levar-te-ei aos campos cheios de gente

Onde gente respira miséria em toda a hora

Nada te direi

Mostrar-te-ei somente isto

E depois

Mostrar-te-ei os corpos do meu Povo

Tombados por metralhadoras traiçoeiras,

Palhotas queimadas por gente tua

Nada te direi

E saberá porque luto.

 

Moçambique, 1977

 



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