
Cronkite era considerado um ícone do jornalismo americano
O jornalista americano Walter Cronkite, conhecido como o “homem mais confiável da América”, morreu nesta sexta-feira, aos 92 anos, em Nova York.
Um executivo da rede de televisão CBS afirmou que o jornalista morreu em sua residência, ao lado da família.
Cronkite foi âncora do programa noturno de notícias na CBS entre 1962 e 1981 e ajudou o programa a se tornar o noticiário de maior audiência nos Estados Unidos.
Durante a carreira de jornalista, ele cobriu alguns dos principais eventos do mundo, como o assassinato do presidente americano John F. Kennedy, a viagem à Lua, o escândalo de Watergate, a renúncia do ex-presidente Richard Nixon e a Queda de Saigon.
Em 1972, Cronkite foi indicado, em uma pesquisa de opinião feita nos Estados Unidos, como o “homem mais confiável da América”, ultrapassando nomes que incluíam presidentes, congressistas e outros jornalistas.
O público americano depositava tanta confiança na opinião do jornalista que, quando ele criticou a guerra no Vietnã, o presidente Lyndon B. Johnson supostamente teria dito: “Se eu perdi Cronkite, perdi metade da América”.
'Ícone'
O presidente americano, Barack Obama, disse que o jornalista foi “uma voz de certeza em um mundo incerto” e impôs o padrão pelo qual todos os outros jornalistas eram julgados.
“Ele nos convidou a acreditar nele, e nunca nos decepcionou”, disse Obama.
“O país perdeu um ícone e um amigo querido, certamente sentiremos sua falta”, afirmou o presidente.
Em um comunicado, o presidente da CBS News e Sports, Sean McManus, afirmou que Cronkite “guiou a América durante nossas crises, tragédias e também nas nossas vitórias e bons momentos”.
“É impossível imaginar a CBS News, o jornalismo ou mesmo a América sem Walter Cronkite”, afirmou McManus.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/07/090717_morrecronkite_np.shtml