Oito mil crianças nasceram sem SIDA no âmbito do programa Dream
Oito mil crianças moçambicanas cujas mães são portadoras de HIV nasceram sem o vírus que causa SIDA graças ao programa Dream, da Comunidade de Santo Egídio, de prevenção da infecção da mãe para o bebé durante a gravidez.
Dados hoje divulgados por aquela instituição italiana de cariz religioso indicam que 1.200 mulheres grávidas estão a ser seguidas e que oito mil crianças "nasceram sãs" em resultado dos programas de prevenção vertical.
Em Moçambique, 3.800 crianças moçambicanas beneficiam de tratamento anti-retroviral, de um total de 42 mil pessoas, no âmbito do programa Dream, que assiste 75 mil pessoas, incluindo 15 mil menores de 15 anos.
De acordo com as estatísticas da Comunidade de Santo Egídio, um milhão se pessoas fazem parte do programa Dream, que luta em prol da acessibilidade de tratamento para pessoas que vivem com o vírus que provoca a Sida.
Em Moçambique, país com uma população estimada em 21 milhões de pessoas, a SIDA atinge 16 por cento da população com idade entre 15 e 49 anos.
Os custos de terapia por paciente que sofre de Sida são de 600 euros, mas para fazer nascer sã uma criança de uma mãe seropositiva o programa Dream gasta 400 euros.
Hoje, a representante da Comunidade de Santo Egídio em Moçambique, Paola Germano, e a ministra da Mulher e da Acção Social, Virgília Matabele, rubricaram um memorando de entendimento que estabelece as linhas gerais referentes às áreas de colaboração na implementação dos programas do Ministério que facilitarão o processo de coordenação das acções de apoio à população pobre.
O memorando de entendimento prevê ainda a assistência à população socialmente vulnerável e necessitadas de assistência para a melhoria das suas condições de vida.
O acordo prevê que nas actividades conjuntas deve dar-se enfoque às mulheres, pessoas idosas, crianças e pessoas portadoras de deficiência mental e física.
A propósito, Virgília Matabele disse ser aposta do governo moçambicano lutar na protecção de grupos vulneráveis.
"Com a assinatura do memorando, sentimo-nos reforçados para continuar a trabalhar com a Comunidade de Santo Egídio", disse a governante.
Paola Germano assegurou que o memorando "traduz a vontade da Comunidade de Santo Egídio de prosseguir com o seu compromisso em trabalhar com o governo de Moçambique".
Em África, a Comunidade de Santo Egídio opera em Moçambique, Malawi, Tanzânia, Quénia, República da Guiné, Guiné-Bissau, Camarões, República Democrática do Congo, Angola e Nigéria.
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