A s redes sociais como o Facebook ou o Twitter estão a proporcionar novas oportunidades mediáticas, de negócio ou mesmo turísticas mas também a criar novos problemas sociais.

Esta semana, a cidade britânica de Darlington contratou um "bardo" para tuítar sobre a localidade. O TheDarloBard, ou "twitterer in residence", é o professor Mike McTimoney que vai usar o Twitter para divulgar informação sobre a cidade.

O anúncio integra-se na The Darlington Experiment, forma de "aumentar as percepções positivas de Darlington no uso de sites de media sociais" e explicar aos residentes sobre como usar as redes sociais, explicava o diário Guardian.

Estas dicas parecem ser úteis pra muitas pessoas, mesmo fora de Darlington. Casos recentes mostram como se estão a usar as redes sociais de forma impensada - com consequências inevitáveis no caso do Facebook, cujo fundador e presidente Mark Zuckerberg revelou há dias ter atingido os 350 milhões de utilizadores em todo o mundo.

Um caso recente e bastante falado envolveu, no Canadá, uma funcionária da IBM. Nathalie Blanchard estava em casa diagnosticada com uma depressão há 18 meses e agora tem de ir a tribunal defender o subsídio de doença após a companhia de seguros Manulife descobrir fotografias do seu alegre aniversário, em férias ou numa festa, pedindo assim o cancelamento do subsídio.

Na universidade norte-americana de Wisconsin-La Crosse, o estudante Adam Bauer aceitou um "amigo" no Facebook que se revelou ser polícia e o confrontou com fotografias suas a beber cerveja e lhe apresentou uma multa de 227 dólares. Foi um de "pelo menos oito" menores acusados de consumo de álcool a partir de imagens colocadas em redes sociais, revelou o La Crosse Tribune.

Na Colômbia, um dos filhos do presidente foi ameaçado de morte no Facebook. A ameaça a Jerónimo Uribe foi descoberta com ajuda do FBI e identificou um estudante universitário que depois a classificou como um erro. Em New Orleans (EUA), o jovem negro Dyron Hart foi condenado a pena suspensa e trabalho cívico por ter assumido a identidade de um supremacista branco e ameaçar outros colegas negros da Nicholls State University.

Num registo mais ligeiro, um noivo em Maryland, nos Estados Unidos, enviou uma mensagem para o Twitter e Facebook sobre o seu próprio casamento mesmo antes de beijar a noiva.

Dana Hanna concedeu que tinha "surpreendido" os convidados e a esposa Tracy ao usar o telefone para enviar a mensagem, após o que o padre declarou "eu os pronuncio marido e mulher. Agora é oficial, está no Facebook. Dana, você pode beijar sua esposa".

Um estudo recente da Universidade do Texas revela que, apesar do Facebook poder servir para as pessoas criarem personalidades diferentes e melhores do que na vida real, isso não acontece e, pelo contrário, "reflectem as suas personalidades autênticas", segundo o psicólogo Sam Gosling num estudo a publicar na Psychological Science.

Este analisou o perfil de 236 colegas e concluiu que "os sítios de rede social são simplesmente outro medium para genuínas interações sociais. (Por outras palavras, se é um palerma na vida real, também o será no Facebook)", dizia a revista Time.

 

http://dn.sapo.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1439642&seccao=Media