Centenas de pessoas que afluíram ao Centro Cultural Franco Moçambicano testemunharam, na passada quinta-feira, o arranque do Festival Marrabenta 2010 - um evento que visa promover este estilo musical, muito popular em Moçambique.
No espectáculo que marcou o pontapé de saída, várias gerações cruzaram-se no mesmo palco, fazendo eco ao lema do evento “Marrabenta Presente, Passado e Futuro”. Este festival, organizado pela Logaritmo Produções, vai escalar várias cidades e distritos da província de Maputo e Gaza, designadamente Matola, Marracuene, Chibuto e, pela primeira vez, Chokwé.
A Banda Gabriel Chiau foi a primeira a subir ao palco do Franco, tendo mostrado a sua mais valia na marrabenta, mas também no estilo Fena. António Mula, de 76 anos, um verdadadeiro veterano da marrabenta, subiu ao placo acompanhado pelas suas bailarinas
Outra velha glória da marrabenta, que actuou nesta abertura do festival, foi Dilon Ndjindji, e nem os seus 82 anos impediram que levasse o público ao delírio. Ndjindji, que auto intitula-se rei da marrabenta, levantou a plateia do primeiro ao último minuto em que esteve em palco.
A nova geração esteve representada por Tony Django, que interpretou temas de figuras de proa da marrabenta, como são os casos de Fany Mpfumo e Zé Burrane, ambos já perecidos e tidos como sendo os maiores difusores deste estilo musical.
A primeira noite do festival da marrabenta encerrou com a actuação daquela que é considerada a maoir banda de todos os tempos que interpreta este estilo musical: a Orquestra Jambo. Contando com a presença daquele que é considera o mais velho instrumentista da marrabenta, o guitarrista Moisés, de 90 anos, e as bailarinas da Orquestra Jambo demonstraram os princípios básicos de como se dança marrabenta.
SAPO MZ