Que saudades de ti África amiga
de minha palhota
da negra dengosa com cheiro a catinga...
E quantas vezes no chão de capim molhado
dormi tu e eu abraçados,
ao som do zum zum dos mosquitos
em nossos ouvidos, depois...
O leopardo matreiro em busca de almoçarada
e quantas vitimas descuidadas
que serviam de isco...
África minha onde nasci
cresci me fiz mulher, mulher de um só corpo
negra branca mulata
numa só cubata batendo pilão,
moendo farinha arroz com feijão
do mainato António Francisco João,
dando sua chima ao menino branco
que brincava a seu lado
sentado no chão
negro branco mulato
António Maria João!
São Percheiro