Recentemente, a exploração desordenada de ouro na zona em referência por indivíduos provenientes quase de todo o país, incluindo alguns zimbabweanos, malawianos e tanzanianos foi, sem margem para dúvidas, o principal “calcanhar de Aquiles” do Executivo no distrito de Gorongosa.
Trata-se, na verdade, de uma actividade cuja exploração tinha atingido uma situação bastante alarmante com o aluimento de terras que causou a morte de pelo menos seis pessoas. Por este motivo, foram accionados mecanismos para garantir a segurança da zona com a afectação de uma corporação policial e fiscais do Parque Nacional da Gorongosa.
Na óptica do Governo, era praticamente impossível que este esquema de controlo durasse por tempo indeterminado, sendo a única saída a privatização da zona para a arrecadação de receitas para os cofres do Estado e, consequentemente, disciplinar e livrar-se da situação que constituía uma autêntica “dor de cabeça”.
Lançou-se então um concurso público de licenciamento para a concessão mineira de Tsiquir. Assim sendo, foi apurado o nacional Manuel José António Mucananda como vencedor desta concessão, quem foi conferido o título de Direito de Uso e Aproveitamento da Terra número 3474, devendo até 15 de Setembro de 2014 desenvolver a actividade de prospecção e pesquisa de ouro em 2560 hectares da zona de Tsiquir.