Malangatana foi distinguido, esta manhã, pela Universidade de Évora com o grau de Doutor Honoris Causa pelo seu contributo para a arte e cultura moçambicanas.
A cerimónia decorreu na Sala de Actos da Universidade e contou com a presença do secretário de Estado da Cultura de Moçambique, altas figuras académicas, militares e diplomáticas, para além de familiares e amigos do artista moçambicano.
O laudatio ou elogio ficou a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa, político e professor universitário, com quem Malangatana mantém uma relação de amizade já com trinta anos. O ex-comentador de política da RTP, ele próprio filho de um antigo governador de Moçambique, recordou o seu primeiro encontro com Malangatana, aos dezanove anos, e o quadro que na altura adquiriu ao pintor, com a sua mesada.
Por sua vez, o Doutor e Mestre Malangatana Valente Ngwenya recordou a sua aprendizagem na "universidade da vida": pastor, apanhador de lenha, de bolas de ténis, empregado doméstico, até às primeiras pinceladas.
Numa voz embargada pela emoção, citou os conselhos da avó e dos mais velhos na escolha dos caminhos da vida e o confronto com as injustiças do regime colonial português.
Esta é mais uma ajuntar às muitas distinções internacionais já recebidas pelo artista plástico, em cinquenta anos de vida artística e dedicada à causa humanitária.
Recorde-se que outro moçambicano, o escritor Mia Couto, foi também distinguido pela Universidade de Évora, em 1999, com o Prémio Virgílio Ferreira.
Na parte da tarde, foi inaugurada a exposição "Malangatana - 50 Anos de Pintura", no Palácio D. Manuel, aberta ao público até o dia 11 de Março.
ED e JA
A cerimónia decorreu na Sala de Actos da Universidade e contou com a presença do secretário de Estado da Cultura de Moçambique, altas figuras académicas, militares e diplomáticas, para além de familiares e amigos do artista moçambicano.
O laudatio ou elogio ficou a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa, político e professor universitário, com quem Malangatana mantém uma relação de amizade já com trinta anos. O ex-comentador de política da RTP, ele próprio filho de um antigo governador de Moçambique, recordou o seu primeiro encontro com Malangatana, aos dezanove anos, e o quadro que na altura adquiriu ao pintor, com a sua mesada.
Por sua vez, o Doutor e Mestre Malangatana Valente Ngwenya recordou a sua aprendizagem na "universidade da vida": pastor, apanhador de lenha, de bolas de ténis, empregado doméstico, até às primeiras pinceladas.
Numa voz embargada pela emoção, citou os conselhos da avó e dos mais velhos na escolha dos caminhos da vida e o confronto com as injustiças do regime colonial português.
Esta é mais uma ajuntar às muitas distinções internacionais já recebidas pelo artista plástico, em cinquenta anos de vida artística e dedicada à causa humanitária.
Recorde-se que outro moçambicano, o escritor Mia Couto, foi também distinguido pela Universidade de Évora, em 1999, com o Prémio Virgílio Ferreira.
Na parte da tarde, foi inaugurada a exposição "Malangatana - 50 Anos de Pintura", no Palácio D. Manuel, aberta ao público até o dia 11 de Março.
ED e JA