Maputo (Canalmoz) – O Governo de Moçambique diz ter importado mais de 13 milhões de unidades de “Coartem Dispersible”, entre 2003 e 2009, para o tratamento da malária, e vai continuar a adquirir este tipo de medicamento no presente ano, em quantidades ainda não reveladas. O porta-voz do Ministério da Saúde, Leonardo Chavane, confirmou a encomenda deste tipo de anti-malárico usado no país há cinco anos, e garante que o medicamento tem sido eficaz. A malária continua ser uma das maiores ameaças para a saúde pública em África, infectando cerca de 300 milhões de pessoas em cada ano e matando cerca de um milhão. As crianças são as mais atingidas. A cada 30 segundos, uma criança menor de cinco anos de idade perde a vida, vitimada pela malária, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. No país, as taxas de malária estão a reduzir, comparativamente aos anos transactos. As autoridades sanitárias apontam que a administração de “Coartem Dispersible”, há mais de cinco anos, está a contribuir para a debelação da doença. “No passado, tínhamos números elevados de mortes de malária comparativamente com os actuais. Outro dado importante é que não há problemas em administrar o medicamento às crianças, pois ele é adocicado, diferentemente do que acontecia no passado”, explicou Chavane. Desde o lançamento oficial do “Coartem Dispersible” no país, em 2003, a primeira terapia pediátrica de combinação baseada em artemisinina (ACT), causou um impacto significativo na redução de mortes relacionadas com a malária em crianças e na população em maior risco de contrair a doença. (Conceição Vitorino)
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=7445 |