Vice-secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, diz na abertura da 54ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher que ainda existe a necessidade de transformar promessas e palavras em ações concretas em várias áreas.
Apesar dos progressos registrados nos últimos 15 anos no avanço da igualdade de gênero e capacitação das mulheres, ainda existe a necessidade de transformar promessas e palavras em ações concretas em várias áreas.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira, em Nova York, pela vice-secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, durante a abertura da 54ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher.
Avanços
Ela ressaltou que muitos países conseguiram avanços em diversos setores, como a educação e adoção de leis, programas e políticas nacionais.
Migiro afirmou que um número crescente de pessoas compreende agora que a igualdade de gênero e capacitação de mulheres não é apenas um objetivo em si, mas a chave para um desenvolvimento sustentável, crescimento econômico, paz e segurança.
A sessão deste ano da Comissão sobre o Estatuto da Mulher marca o 15º aniversário da adoção da Declaração de Pequim.
Graça Samo, directora-executiva da rede moçambicana de ONGs, Fórum Mulher, disse à Rádio ONU, em Nova York, que o contexto da reunião atual é completamente diferente de Pequim.
"Estamos perante crises econômicas e financeiras. Quando fomos a Beijing não tínhamos o problema de terrorismo que hoje é uma questão da agenda global. Como é que vamos enfrentar esses problemas colocando como prioridade a agenda dos direitos das mulheres. A questão do acesso a financiamento é um outro problema importante", afirmou.
Prioridade
O encontro de Nova York, que deve durar duas semanas, reúne representantes de governos, sociedade civil e setor privado.
Migiro disse que o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, apontou a igualdade de gênero e a capacitação das mulheres como áreas prioritárias de ação para o sistema das Nações Unidas.
Rádio ONU