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notcias: Doca flutuante de Vilankulo: Afinal a carga não é radioactiva
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De: isaantunes  (Mensaje original) Enviado: 08/05/2010 09:39

Doca flutuante de Vilankulo: Afinal a carga não é radioactiva

RESULTADOS preliminares da peritagem levada a cabo por uma comissão multidisciplinar que esta semana investigou o conteúdo a bordo da doca flutuante descoberta há dias na região de Vilankulo indicam não se tratar de material radioactivo, segundo se chegou a suspeitar, não havendo, por isso, nenhum perigo para a saúde humana, bem como para o meio ambiente.
Maputo, Sábado, 8 de Maio de 2010:: Notícias
 

Esta constatação resulta dos exames realizados no material retirado dos dois contentores arrombados pela população e através de equipamento apropriado que detecta a radiação, que não revelou existência de radioactividade nos treze contentores abandonados em Vilankulo.

Segundo o administrador do distrito de Vilankulo, José Mabureza, citando um relatório de um perito na matéria que se deslocou a Vilankulo, integrado na equipa multidisciplinar, não há perigo de radiação nem de toxidade da carga a bordo da doca flutuante.

O administrador de Vilankulo sustenta as suas afirmações com base num relatório que teria sido produzido por Riduan Ismael, especialista em radioactividade que trabalhou no local e que segundo as suas conclusões em todos os contentores não foi encontrado nenhum sinal de presença de elementos radioactivos.

José Mabureza explica, no entanto, que, apesar destes resultados, continua a outros níveis o inquérito com vista a esclarecer a proveniência e destino do navio, pois desde a sua descoberta ficou claro que o país estava perante um caso de movimento ilegal transfronteiriço, sendo por isso importante procurar os donos para serem responsabilizados pela violação de fronteiras marítimas.

O administrador de Vilankulo não descarta a possibilidade de se tratar de contrabando de electrodomésticos bem como material de construção, a julgar pelos artigos e bens encontrados pela população, quando semana passada arrombou dois dos treze contentores.

Sem revelar pormenores, José Mabureza disse que a detenção, na passada quarta- feira, de dois sul-africanos numa embarcação que navegava junto da doca, pode ajudar a esclarecer quem são os proprietários da embarcação, o seu destino, bem como o tipo de carga que levava a bordo.

Inquiridos pela Polícia em Vilankulo, declararam pertencer a uma empresa seguradora sul-africana contratada para estudar a plataforma do reboque da doca, pois o navio que a puxava encontra-se na África do Sul.

Um dia antes da detenção destes estrangeiros registaram-se na região da Ilha Nhate, até Cabo S. Sebastião, sobrevoos de helicópteros, situação que aumenta a suspeita de que os donos do barco se encontravam perto da doca.

Os dois homens terão fretado uma embarcação pertencente a uma das estâncias turísticas do continente em Vilankulo para chegarem à doca onde foram detidos pela força conjunta que guarnece o navio.

A suspeita de que a doca encontrada em Vilankulo com treze contentores transportava material radioactivo resulta de informações na posse do Ministério do Interior fornecidas a partir de Basileia, indicando que um barco que zarpou de Haifa, Israel,  carregando 13 contentores com 303.960 quilogramas de produtos tóxicos estaria a navegar no Oceano Índico, coincidentemente o mesmo número de contentores e a mesma quantidade de carga encontrada na doca abandonada em Vilankulo.

  • Victorino Xavier

 

http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1019776



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