Pois, sábado o me dia, o meu dia de folga, me solto me enfeito faço o que me der mais jeito, o que me der nas ganas.
"Me diz espelho meu, vez por ai alguém como eu?" ( gaba-te cesto que vais á víndima)...
Neste dia em que não sou de ninguém deixo que as pérolas que me cobrem a cabeça faça com que tudo esqueça... Por acaso já hoje senti uma pontinha de tristeza, e quase que uma lágrima inoportuna tomava conta de mim, mas não deixei, mordi os lábios de raiva, até parti uma unha gaita....
Manhã cedo e ai estava trincando um pão de leite e um café quentinho, estava cheio, estava lá o "tal", o simpático das barbas brancas lendo o jornal, e todos me saudam carinhosamente, eu simpáticamente dou um sorriso, não muito aberto para não verem que me falta um dentinho...
Depois, sei lá, andei por ai, fui aos cravos, no chinês lá tive de comprar uma blusa. "compra sinora, é muito bonito para tu", e não é que comprei? O sábado tem de ser diferente em tudo, claro que não posso estender muito o cordão...
Claro que não almocei, tratei das flores que estão se habituando á nova casa tal como a dona...
Agora claro estou teclando a crónica enquanto Edith Piaf me faz companhia, e assim dou por concluído meu dia, amanhã já posso tirar a máscara ralhar gritar se me apetecer, oxalá o dia corra bem...
São Percheiro 14 de Agosto