À semelhança do que já acontece nas províncias de Gaza, Tete e Manica, onde os institutos superiores politécnicos estão a formar quadros para trabalharem em áreas nas quais as províncias têm um potencial económico, as restantes regiões do país estarão cobertas com este nível de ensino dentro em breve, isto como forma de ultrapassar o défice de quadros e impulsionar o desenvolvimento local.
De acordo com o Ministro da Educação, Zeferino Martins, o pelouro está já a diligenciar no sentido de urgentemente criar condições em termos de infra-estruturas e iniciar com a formação de professores que irão trabalhar na materialização da implantação dos institutos superiores politécnicos nas províncias em falta, neste caso Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Sofala, Inhambane e Maputo.
Segundo o governante, todas as regiões do país apresentam hoje áreas de desenvolvimento que precisam de quadros qualificados para melhor explorá-los, razão pela qual o processo de criação de "politécnicos" será conduzido com a maior rapidez possível de modo a responder as exigências.
Outras das decisões saídas do Conselho Coordenador do MINED têm a ver com a uniformização das taxas e outras propinas que se pagam nas escolas do país. Ao que sublinhou Zeferino Martins, não faz sentido que as escolas apliquem taxas diferenciadas e desfasadas da realidade, razão pela qual um estudo de avaliação será levado a cabo com vista a uniformizar os valores a serem pagos.
"Primeiro, as taxas devem ser fixadas em função do nível de ensino e, segundo, olhando para a localização geográfica da escola. Desse modo, as taxas a serem fixadas para escolas urbanas deve diferenciar das zonas rurais. Nunca o valor deve ser fixado em função das necessidades de cada escola. E porque os valores não podem ser segredo, a respectiva tabela deve ser colada na vitrina da escola para que todos possam ver. Esta medida, também, irá contribuir para a redução de esquemas de corrupção, pois, por causa do desconhecimento do que se deve pagar, os pais e encarregados de educação podem acabar por desembolsar valores altos, o que não é recomendável" – explicou o ministro, adiantando que esta medida é valida para os centros internatos.
Por outro lado, o MINED definiu que um outro estudo deverá ser levado a cabo com vista a estudar a possibilidade de os alunos filhos de famílias sem recursos poderem beneficiar de ajuda ou isenção de alguns pagamentos (taxas). Esta medida visa encorajá-los a prosseguir com os estudos, visto que muitos acabam desistindo por falta de condições para suportar os estudos.