Deste modo, as comunidades ribeirinhas devem manter-se atentas às informações de alerta a serem disseminadas ao longo da época e aproveitando, simultâneamente, a probabilidade que aponta para o melhor período agrícola em Moçambique.
Segundo as previsões meteorológicas e hidrológicas do Instituto Nacional de Meteorologia e da Direcção Nacional de Águas, a primeira década desta época chuvosa entre Outubro, Novembro e Dezembro será caracterizada por chuvas normais e acima de normal nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Nampula e abaixo de normal em Niassa e Cabo Delgado.
Entretanto, graças ao sucesso que se regista no actual processo de reassentamento das vítimas das últimas cheias daquele curso de água, o número dos afectados pode vir a reduzir drasticamente. Exemplo disso, durante as intempéries do ano passado foram apenas evacuadas ao longo do Zambeze cerca de sete mil pessoas, o que mostra claramente que a boa gestão de risco vai permitir que haja menos ameaças. Contudo, as autoridades afirmam-se atentas às mudanças climáticas para poderem actuar de acordo com a sua disponibilidade financeira.
Falando na Beira, em exclusivo ao nosso Jornal, o director-geral do INGC, João Ribeiro, acrescentou que múltiplas acções preventivas de desastres naturais deverão arrancar este mês de Novembro no país como simulações de inundações médias no Limpopo e cheias extremas nos rios Zambeze e Messalo, além de acções semelhantes a serem dinamizadas em todas as províncias e distritos na base dos planos de contingência localmente elaborados.
Por outro lado, o governante reconhece a existência de áreas vulneráveis em risco, com população, sendo que medidas reactivas de busca e assistência humanitária podem vir a ser aplicadas no terreno. Para já, indicou que os comités locais e várias instituições com destaque para o sector das Obras Públicas incluindo municípios encontram-se empenhados na redução da vulnerabilidade, nomeadamente na limpeza das valas de drenagem.
A fonte afirmou que foram já reactivados todos os Comités Locais de Gestão de Risco de Calamidades que inclusivamente realizaram simulações práticas e de gabinete para avaliar o fluxo de informações em caso de desastres naturais, testando até os barcos existentes no país para eventual operação de busca e salvamento das projectadas vítimas sitiadas.
Conforme assegurou o director -geral do INGC, o país está igualmente em prontidão para casos de ciclones e abalos sísmicos, sublinhando que se forem atingidos todos os cenários previstos, o plano de contingência está avaliado em 900 milhões de meticais, mas a proposta do Conselho Técnico foi de 120 milhões, enquanto se espera pela contribuição dos parceiros de cooperação para sua implementação.
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