19/11/2010
Os crentes da Igreja Johane Malangwe na província central de Tete, centro de Moçambique, são reportados como estando a esconder os doentes de cólera nas montanhas para evitar a sua localização pelos agentes de saúde que, a todo o custo, procuram controlar o surto da doença naquela região do país.
O surto de cólera, que eclodiu em finais de Outubro, já causou a morte de pelo menos 27 pessoas, a maioria das quais crentes da igreja Johane Malangwe, de um total de 594 casos registados naquele ponto do país. . A directora provincial de saúde em Tete, Luísa Cumba, disse à Rádio Moçambique (RM) que os crentes pertencentes a esta seita religiosa recusam-se a aderir ao tratamento ou observar os cuidados mínimos para a sua prevenção, facto que está a dificultar o controlo daquela doença.
“As brigadas criadas para cuidar as pessoas afectadas pelo surto nas comunidades onde vivem os crentes daquela igreja não têm tido sucessos porque os membros daquela seita religiosa escondem os seus doentes nas montanhas”, disse Luísa Cumba.
A directora provincial explica que a recusa da seita religiosa Johane Malangwe de aceitar o tratamento de doenças constitui mais um foco para a entrada de doenças e, como consequência, a sua propagação no seio da comunidade.
Por isso, Cumba disse que as autoridades sanitárias enfrentam enormes dificuldades para o controlo do surto de cólera, bem como de outras doenças tais como o sarampo nos distritos de Mágoe, Chiúta, Chifunde, Angónia e na cidade de Tete, capital provincial.
(RM/AIM)
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