O delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, na Zambézia, João Zamissa, disse à nossa Reportagem que o plano de contingência do Governo provincial prevê uma série de intervenções visando evitar que ocorram muitas perdas humanas e materiais, o que pode remeter os afectados a uma situação de penúria mutilando, deste modo, todo o esforço de melhorar as condições sociais das famílias.
O plano de contingência foi reajustado na sequência do levantamento feito nos distritos da capacidade de resposta e intervenção dos parceiros no contexto de mitigação dos desastres naturais. O plano aprovado pela 10ª Sessão do Governo Provincial da Zambézia já está em acção tendo sido já reactivadas as comissões de gestão de riscos e concentrar o trabalho no sistema de aviso-prévio de cheias, sobretudo na bacia do Chire onde estão a ser montadas escalas hidrométricas, o que ira permitir a avaliação de cheias à montante daquele curso hídrico.
O mesmo trabalho está ser levado acabo por uma equipa técnica na bacia do Licungo. O que se pretende com este trabalho é envolver igualmente os líderes comunitários integrados nas comissões de gestão de risco e partilhar a informação sobre situações de calamidades com as rádios comunitárias, por forma que, em tempo útil, façam fluir a informação sobre o que está a acontecer nos comportamentos das bacias hidrográficas.
Com o aproximar do período das chuvas, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, na Zambézia, já activou o Conselho Técnico de Emergência no contexto da prontidão governamental em caso de ocorrência dos fenómenos atrás referidos.
O plano de contingência das autoridades governamentais da Zambézia apresenta dois cenários, sendo um de pico de cheias que poderão afectar sessenta mil pessoas e outro de cheias de magnitude moderada que cobre cinquenta mil pessoas.
Quanto aos ciclones na região costeira e no Chire, o delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades afirmou que amiúde têm vindo acontecer ventos ciclónicos mas a prontidão está activa. “Já começamos a dar resposta a situações de vendavais e queimadas descontroladas que incendiaram casas um pouco por toda a província, nomeadamente, no distrito de Chinde e Pebane”, disse João Zamissa.
As mudanças climáticas, como queimadas descontroladas, fragilizam os solos. Apesar de o Governo provincial ter evacuado a população que vivia nas zonas de risco para os bairros de reassentamento, há um forte receio de que a degradação da estrutura dos solos pode ameaçar essas pessoas em face de os centros de reafixação se localizarem em zonas com problemas ambientes.
Para a população que, efectivamente, se encontra nas zonas de risco já foram identificados os locais de pré-concentração e vias para salvamento dos sitiados.
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