Tomando como referência a fronteira de Ressano Garcia, o Director Nacional Adjunto da Migração, Leonardo Boby, explicou que o movimento de entrada normalmente atinge o seu pico nos dias 23 e 24 de Dezembro, altura em que a azáfama obriga as autoridades de Migração e Alfândega de ambos os países a terem uma atenção redobrada. Este ano, por exemplo, nos dias 23 e 24 entraram no nosso país 30 349 e 31 259 pessoas, respectivamente, contra 27 782 e 30 547 registadas em igual período de 2009.
Numa experiência pioneira introduzida este ano, as autoridades dos dois países adoptaram uma metodologia de trabalho conjunto que permite uma maior flexibilidade no atendimento, ao abrigo da qual os cidadãos que viajam em autocarros de transporte colectivo são atendidos fora do recinto do posto fronteiriço, de modo a evitar congestionamento de pessoas e viaturas.
Nas entradas, o atendimento é feito na região de Kommatiport, em território sul-africano, onde se juntam equipas da Migração, Alfândega e Polícia de Protecção dos dois países para realizar o trabalho em simultâneo, depois do que os passageiros seguem viagem para o seu destino, sem precisar de voltar a parar depois de entrarem em Moçambique.
Para o movimento de retorno, que se prevê atinja o seu pico no próximo domingo, 2 de Janeiro, a concentração das equipas será em território moçambicano, no chamado Km 4, onde serão despachados os passageiros de autocarros colectivos e os camiões de carga comercial, ficando o posto fronteiriço apenas reservado aos peões e viaturas ligeiras.
Johan Pienar, Director de Operações da Vaal Maseru, companhia que assegura o transporte colectivo dos cidadãos que vieram passar as festas em Moçambique, disse estar actualmente no país um total de 128 autocarros, 53 dos quais com atrelados para carga, prontos para assegurar o movimento de retorno.
Segundo a fonte, as autoridades moçambicanas e sul-africanas estão empenhadas em assegurar que o atendimento seja célere, para evitar que se repita a situação verificada no dia 24 de Dezembro, quando no lado sul-africano chegou a formar-se uma fila de veículos com cerca de 16 quilómetros, devido à quantidade de pessoas que pretendiam atravessar para Moçambique.
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